sexta-feira, novembro 13, 2009

Trapalhadas entre Oslo e Praga

-> mais uma semana que passou sem fazermos nenhum, e com a agravante que tivemos que desistir de 3 cadeiras (que só por acaso eram as que tínhamos trabalhos marcados).
para aproveitarmos o fim de semana e os feriados do dia 10 e 11, marcamos uma viagem até Oslo, e outra para Praga (para começar, da melhor maneira, na altura da marcação das viagens, o Luis conseguiu minar de tal maneira o sistema informático que a Nicollini já tinha 3 viagens Poznan - Oslo, o costume! Depois lá se conseguiu repor os bilhetes)

07 Novembro, 2009 - a viagem começou como todos queríamos: perdemos o metro por segundos. O que vale é que tínhamos saído com algum tempo e deu para apanhar o seguinte (excepto o Tiago, que como o Luís, é uma menina! haha). Depois da viagem de metro, saímos para pudermos apanhar o autocarro para o aeroporto. Em poucos minutos o autocarro veio, e no meio de tantas hipóteses (77, 59 ou L), fomos no nº77 - cagada! O 77 dava a volta toda aos subúrbios antes de chegar ao aeroporto. Lá serviu aquela viagem para ficarmos a conhecer um pouco mais de Poznan. Íamos nós a falar como de costume, alto e sem medo que alguém percebesse, até que uma velhota se levanta e diz que é naquela paragem que temos que sair. Bem que nos podia ter enganado que nós tínhamos caído que nem uns patinhos, mas por acaso até estava certa a senhora. O que é certo, é que o nosso autocarro demorou tanto na volta, que quando chegamos ao aeroporto, já lá estava o Tiago (tinha ido no L) à nossa procura. Fomos em direcção ao check-in, e a típica pergunta: 'os bilhetes?'. A Nicollini vira-se para o Luis: 'os bilhetes?', o Luis vira-se para a Nicollini: 'os bilhetes?'. Não havia bilhetes! (ahaha) O Luis e a Nicollini largam as mochilas, começam a andar às voltas que nem baratas tontas, sem saber o q fazer. Os bilhetes tinham ficado na paragem do autocarro, antes de entrarmos no 77 (ahah). E melhor, eles estavam para ficar em terra, mas eles também tinham lá o bilhete do Tiago, ou seja, era um 3 em 1. Lá foram até ao balcão e bastava ter o B.I., foi a sorte deles. Passamos então lá naqueles truques todos dos raios-x e dos detectores de metais e fomos comprar mantimentos porque já sabíamos que em Oslo ia-nos sair caro.
Entretanto já estávamos a levantar em direcção a Oslo e passado pouco mais que 1h já estávamos a aterrar. Querem saber a melhor? O suposto aeroporto de Oslo para onde marcamos viagem, não era em Oslo, mas sim em Sandefjord (a 120km de Oslo!). Começava da melhor maneira a estadia em 'Oslo'. Não tínhamos reservado nenhum sítio para dormir, pelo que decidimos ir ao 'CouchSurfing' e procurar ajuda. Mas como sempre, não tivemos sorte nenhuma, ninguém nos deu abrigo em Oslo. Ao contrário de nós, o Tiago já tinha arranjado um 'Couch' e escreveu num papel 'OSLO' e meteu-se a caminho a pedir boleia (a sorte dele é que ele tem uma 'estrelinha' sempre com ele!). O Luis e a Nicollini já estavam a preparar-se para dormir ali pelo aeroporto e nós os 3 (eu, Ruben e Smile), do nada, decidimos escrever num papel 'OSLO' e ir pedir boleia também (ahaha).



Eram 19.45h mais ou menos, quando saímos do aeroporto. De GPS na mão, lá fomos nós à procura de uma alma caridosa que nos ajudasse a fazer aqueles 120km para irmos conhecer Oslo. Ahh, isto tudo porque Oslo, é só a cidade europeia mais cara!! Logo, tínhamos que ser poupadinhos que estamos em crise (ahah). Pois bem, começámos a nossa longa caminhada, sem saber o que nos esperava. Sempre que alguém passava lá nos púnhamos os 3 a pedir boleia e nada (nem os Taxis paravam!!). Ao fim de 4km a pé, estávamos na entrada da auto-estrada, a partir dali não podíamos ir mais (eram 20.35h quando lá chegámos). Ainda na esperança que algum camionista nos desse boleia, não desistimos. Até que um rapaz começa a parar à nossa beira, e quase nem demos tempo de ele dizer nada, já estávamos os 3 dentro do carro (ahah). Perguntei-lhe para onde é que ele ia, se ia para Oslo, e ele disse que sim, que nos deixava lá perto. MENTIRA! Passado 15km, encostou o carro e disse que nos ia deixar ali, que era para ali que ele ia - Tonsberg. Pronto, agradecemos a ajuda (ou não!, porque agora, nem para trás, nem para a frente!) e voltámos à carga: papelinho e dedo no ar. Mas, a sorte era pouca, o sítio onde ele nos tinha deixado era uma aldeia, não passavam muitos carros por ali, ou seja, já estávamos a ver a nossa vida literalmente a andar para trás. Falar em andar para trás, ao fim de algum tempo ao frio decidimos procurar uma estação de comboios lá na aldeia para dormir, já que a sorte não estava (como sempre!) do nosso lado. Ao irmos em direcção à aldeia, continuamos a pedir boleia, até que, do nada, e ao fim de quase 2km a pé, parou mais um carro. Começámos a correr para entrarmos, e quando abrem a porta eu só pensei: 'uoouuu! é com estes que vamos?'. Bem, o que é certo é que o passageiro, que foi o que eu vi, tinha o pior dos aspectos (ahah). Mas mesmo assim, entrámos e lá fomos nós. Eles disseram que iam para perto de Oslo, e que estavam a vir de umas obras. O que ia a conduzir era romeno, e o outro era francês (que luxo! haha). Mal entrámos, uma das primeiras perguntas foi: têm dinheiro? (ahaha) é claro que dissemos que não (ahah!). Ora bem, já íamos nós descansadinhos no carro, e todos ao paleio, até que começo a ver umas luzes azuis atrás de nós, e eu a pensar que era uma ambulância que ia passar... asneira! Era mesmo a polícia a mandar-nos encostar! (Sim, porque ele vinha sempre a 150km/h numa estrada com máximo de 90km/h) Quando ele encostou, começámos todos (incluindo o francês e o romeno) a pôr os cintos, porque ninguém trazia. A polícia veio lá, pediu-lhe uns documentos quaisquer, e ele não encontrava (é claro, que já se estava mesmo a ver que o carro era roubado! haha). Lá encontrou e deu-lhe o documento. A mulher polícia abre a porta de trás para ver se tínhamos os cintos, e nós já a puxar dos B.I.'s a pensar que ela nos estava a pedir a identificação. O que é certo, é que o único que tinha conseguido por o cinto foi o Smile. O Ruben, que ia ao meu lado ia a segurar no cinto com uma das mãos e eu, que ia ao meio, não conseguia chegar ao meu cinto, mas ela quando me pediu para ver o cinto, eu mostrei o da bolsa da eastpack que levava à cinta, e ela lá pensou que era o cinto (ahah!). Enquanto a mulher polícia foi com os documentos até a carrinha, o romeno disse que ele estava prestes a apanhar uma multa entre 600€ a 1000€ (já ia sobrar para nós portanto!). A mulher voltou, e apenas disse para ele ter cuidado dali para a frente. Ele suspirou de alívio, e arrancou logo a seguir. Ele depois lá nos contou o porquê de estar tão contente: 'Vocês nem sabem a sorte que tive agora. Ela disse que não encontrou nada no «cadastro», mas eu já tinha duas multas por excesso de velocidade, uma por excesso de álcool, que fiquei 8 meses sem carta e paguei 2500€. Só que entretanto perdi os documentos, e agora tenho novos, e pelos vistos não acusou nada da carta antiga. Vocês são a minha sorte!' (ahah), só aí nos tínhamos apercebido no filme em que nos tínhamos metido mais uma vez! Mais à frente, estava mais uma carrinha da polícia, e o romeno vira-se para trás: 'Mau! Vocês devem ser terroristas, porque eles andam à procura de alguma coisa!' (ahah!). Andámos quase 1h de carro, e ele lá nos deixou a 16km de Oslo, numa estação de autocarros. Metemo-nos na fila para entrarmos no autocarro que tinha como destino 'Oslo' e enquanto esperávamos eu virei-me para trás e perguntei à rapariga quanto é que custava. Entre os 3 ia ficar 20€! Já estávamos a chegar ao motorista para comprar os bilhetes e dissemos para nós: se chegámos até aqui sem gastar nenhum, vamos até Oslo sem gastar nenhum! Saímos do autocarro e lá foram eles, papelinho na mão e GPS. Pensámos nós que se tínhamos conseguido fazer 100km à boleia, conseguíamos fazer os 16km que faltavam. Enquanto não passava ninguém, nós lá íamos andando pela estrada fora (passámos por bairros fantásticos, em que percebemos porque é que Oslo é a cidade mais cara mas também a mais segura da Europa). Pelo nosso caminho encontrávamos às vezes placas a indicar Oslo noutra direcção, mas como o GPS nos dava outra, nós seguíamos sempre o GPS (lá andámos nós por atalhos manhosos!). O tempo foi passando e a boleia não aparecia, e nós já a somar km nas pernas. Telefonamos ao Tiago e já estava ele, em casa da amiga, numa alta festa com franceses e colombianas. Para nossa sorte, não havia boleia para ninguém e começou a chover. Já estávamos cansados e cheios de fome, e o Ruben pelo caminho encontrou uma espécie de castanha, e meteu-a à boca (ainda hoje diz mal dessa suposta castanha, porque ficou com a língua a saber àquilo!).
Ao fim de mais de 3h30min a caminhar, estávamos em Oslo! (tínhamos acabado de fazer mais 16km, a somar aos outros 6km que já tínhamos feito logo no ínicio). Depois de termos saído à mais de 7horas de Torp, eram quase 4h da manhã e o centro de Oslo à pinha. Para mim, Oslo, vou recordar como a capital das 'loiras de mini-saia', eram todas! Toda gente estava na festa, toda gente estava bêbada, fossem miúdos, fossem mais velhos, havia para todas as idades. A polícia estava em todos os cantos! A verdadeira da confusão! A primeira imagem foi logo, uma rapariga aflitinha, com certeza, em pleno jardim central, arregaça a mini-saia e bota que tem. A segunda imagem, foi um polícia a correr atrás de um rapaz e a levá-lo detido, depois de lhe pregar uma placagem. A verdadeira da LOUCURA! 3ª imagem, uma rapariga que só se mantinha em pé, porque três rapazes a estavam a segurar, e ela com a mini-saia quase no umbigo.
O povo começava a recolher, e nós também precisávamos de recolher para algum lado, tentámos tudo que era portas de apartamentos (para ver se alguém se tinha esquecido da porta aberta). Mas a sorte não nos acompanhava mesmo! Lá demos umas poucas voltas pela cidade à procura de um abrigozinho, e nada! Quando eu e o Smile já nos estávamos a ajeitar para ficarmos numa paragem de autocarro, o Ruben disse que tinha visto um sítio melhor. Lá fomos nós dormir (ou tentar!) numas escadas que davam acesso a umas lojas, mas era a o único sítio mais escondido que por ali havia. Deitámo-nos por lá e num instante ficámos cheios de frio, e quando ouvimos uns passos a vir de cima, decidimos ir procurar outro sítio (ainda aguentámos quase 1h lá). Fomos então para a estação do metro, deitámo-nos por lá, e por lá ficámos até às 7.30h da manhã, quando o segurança nos veio acordar e dizer que não podíamos estar ali a dormir.



Foi a nossa experiência máxima como mendigos (ahah!).

08 Novembro, 09 - Das 7.30h até ás 9h ficámos pelo metro a ver quem passava, e às 9h saímos para ir conhecer Oslo.
Em cerca de 2h e pouco, vimos o que aparecia no mapa como importante e fomos tratar de comer qualquer coisa.



Bem, o mais baratinho ainda era o McDonalds - pouco mais de 10€ um menu normal. Depois de comer comprámos os bilhetes para voltarmos para Torp - Sandefjord (aeroporto). O Tiago disse que ia apostar em ir de novo à boleia, e ficou por Oslo. Aconteceu-lhe quase o mesmo que a nós: a primeira boleia 'enganou-o' e levou-o só por 20km. Aí teve que sair e pedir boleia outra vez, até que apareceu a polícia. Perguntou-lhe o que é que ele estava ali a fazer e ele lá se explicou (e a pensar que eles lhe iam dar boleia!) mas não, só queriam ver a identificação. Mais tarde, lá arranjou boleia para o aeroporto, com um rapaz que vivia do andebol.
Passámos a tarde toda no aeroporto até ao voo que era às 20.25h. A passagem no detector de metais e no raio-x, desta vez, foi bem atribulada. O Smile, trazia água (lá ficou a água em terra) e a Nicollini trazia uns chocolates (mas puderam seguir viagem). O Luis, conseguiu ser apanhado. Tanto quis esconder uma pomada XPTO, que o detector de metais apitava sempre que ele passava. Ele bem tentou disfarçar a dizer que era das calças, mas ele tinha era uma pomada escondida nos boxer's (ahaha! Só ele!!) O segurança lá foi um porreiro e disse para ele não voltar a fazer daquilo (mas para mim, eu acho que ele fez de propósito para ser apalpado pelos seguranças! haha!).



Para continuar naquela onda das boas noticias, o comandante do avião, minutos depois de ter descolado, estava a informar-nos via 'rádio' que se tinha enganado na trajectória, mas que já tinha encontrado a trajectória correcta!
Chegámos ao aeroporto de Praga e apanhámos um autocarro (de borla, porque já estamos habituados) que nos levou até ao metro, e do metro fomos até à estação mais próxima do nosso hostel. Pelo caminho deixámos o Tiago no aeroporto, que através do 'CouchSurfing' arranjou casota, e o Luis e a Nicollini foram para um hostel diferente. Saímos então na nossa estação e de novo com o GPS na mão e à chuva, fomos à procura do nosso hostel. Já perto da rua do nosso hostel, abrigámo-nos num sítio, mas rapidamente fomos corridos dali, aquele sítio era de uma 'menina'. Chegou lá, e mandou-me com a carteira para sair dali (Praga, é conhecida como a capital porno!).
Encontrámos então o nosso hostel: Crib 15 (mais parecia um bordel, por fora). Entramos e o recepcionista era um bicha do pior, tinha os tiques todos! Lá tivemos que deixar mais 125cz (5€, nem sabemos bem porquê, mas pronto, as gorjetas tinham que aparecer!). Enquanto fazíamos o check-in, ouvimos dois estrondos que vinham do lado da porta, espreitámos, e eram 4 indianos. Um deles, estava todo bêbado estatelado no chão do hostel, o outro, também todo carregadinho a tentar levantá-lo, ia caindo também. Lá o conseguiram por de pé. O último a fechar a porta, era um autêntico Bin Laden, cheio de barba, só se viam os olhos (começámos logo a pensar que, mais uma vez, tínhamos acertado em cheio!). Pousámos as malas no quarto e vimos que já lá estava alguém, um americano (pelo menos, a mochila dele estava lá!).
Saímos para irmos comer qualquer coisa, e assustámo-nos com a noite de Praga. Era só indianos nas ruas, e os pretos eram carraças autênticas atrás de nós para nos levar para os Cabarets:



(só que nós ainda tínhamos a outra aventura em Cracóvia bem presente, pelo que não arriscámos haha). Fomos ao KFC comer e voltámos para o hostel.

09 Novembro, 2009 - Acordámos, e já havia mais uma mala no quarto, mas nem sinal do americano. Fomos até ao supermercado e de novo, mais uma gorjeta: comprámos pão que era tão estaladiço que nem dava para abrir para meter o queijo, e o queijo, estava tão fatiado que mais parecia uma bola de queijo limiano.
Depois do pequeno-almoço e almoço (tudo na mesma refeição - pão com queijo!), fomos à descoberta de Praga. Por várias vezes nos tentaram vender droga (marijuana, ax, cocaína...).





Eram 4h da tarde, e já estava de noite, o que nos obrigou a parar a visita, mas mesmo assim já tínhamos conhecido metade de Praga. Fomos então dormir um bocadinho para fazer tempo para a hora de jantar, e quando a fome apertou fomos comer uma pizza.



No final do jantar, mal nos levantámos, os empregados foram logo a correr à mesa à espera da famosa gorjeta, mas desta vez não deixámos nada (normalmente deixamos 1cent, mas a crise está a chegar aos nossos bolsos! haha).
Chegámos ao quarto e a dona da segunda mala ja lá estava a dormir, uma mexicana (que ressonou que se consolou!). O americano, ainda não tinha dado sinais de vida!

10 Novembro, 2009 - Depois de acordar e de comer qualquer coisa pelo McDonalds, fomos nós à descoberta do resto de Praga.



Chegámos ao Castelo, e lá, vimos o monumento a quem as pessoas mais tiravam fotografias:



No Castelo, a paisagem era assim:



Depois de um jantarzinho no sítio do costume (McDonalds!), lá nos conseguimos perder à procura de um bar que o Tiago dizia que era porreiro.



E depois no caminho para casa, voltámo-nos a perder, mas lá chegámos ao nosso hostel.

11 Novembro, 2009 - Tivemos que acordar mais cedo, para fazer o check-out antes das 11h, e o que é certo, é que a folha do americano dizia que ele também saía no mesmo dia que nós, e nem sinal dele (o mais certo, é ele ter ido aos cabarets e olha, ficou por lá! ou provavelmente, estava enfiado numa valeta!). Imaginem qual foi o último monumento que fomos ver? O Shopping! (o último!! haha). Fomos almoçar ao KFC, e depois fomos até ao centro. Literalmente, o que fizemos no centro durante quase 1h, foi apreciar a vida dos cavalos que andam a transportar os turistas!



O tempo passou e voltámos para o aeroporto de Praga. O voo era às 18h e às 17h ainda ninguém sabia do Luis e da Nicollini (normal!). Começámos até a fazer apostas entre os 4, das horas a que eles iam chegar. Ganhou o Tiago que disse 17.18h (2min antes do check-in fechar!). Mais uma aventura, O Luis minou de tal maneira as mochilas que ao fazer o check-in, a mulher disse que eles tinham que pagar porque as mochilas eram muito grandes e não sei mais quê. O que é certo, é que o Luis lá deu a volta de tal maneira à situação que lá passaram as duas mochilas como sendo bagagem de mão.
Desta vez sem desvios na rota, chegámos ao fim de 1.40h ao aeroporto de 'Oslo' (Torp, Sandefjord).
Bem, sem aventuras nesta estadia no aeroporto de Oslo, ficámos lá a dormir, ou a tentar.



12 Novembro, 2009 - Fomos acordados pelo aspirador do aeroporto, que mais parecia um avião a aterrar ali ao nosso lado. O Tiago ainda foi pedir boleia para ir conhecer outra terriola, mas passados 5min ele estava de volta, a dizer que era impossível com aquele frio. O tempo foi passando, e nós tínhamos que arranjar alguma coisa para fazer: metemos uma garrafa de água que andava por lá perdida dentro da mochila do Luis, para detectar no raio-x e ele ser chamado para abrir a mala. A meio da tarde, procuramos a garrafa, e a garrafa de água já não estava na mochila do Luis. Pois, ele armou-se em fino e descobriu, e nós voltámos a meter outra garrafa lá para dentro. Na hora do check-in, a nossa cúmplice (a Nicollini) deve-lhe ter dito, e ele voltou a tirar a 2ª garrafa, e disse que a 1ª já estava na mochila do Tiago. Pronto, lá foi o rapaz chamado à parte para ir mostrar o que tinha na mala, e ele sem saber. Saiu de lá a garrafa de água que nós pusemos na mochila do Luis, e ele depois meteu na mochila do Tiago.
Levantámos... aterrámos... e voltámos para a nossa residência ao fim de 5 dias de viagem.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Aventuras em Cracóvia

Os dias que passaram, continuaram a seguir o mesmo plano do custume... dormir, comer, dormir, sair, dormir, aulas, dormir...! haha

31 Outubro, 2009 - Desta vez, viajámos os 6 (Luis, Nicollini, eu, Smile, Ruben e Tiago). Às 2h da manhã foi a hora a que apanhámos o comboio e qual não é o nosso espanto quando vemos que o comboio já vinha à pinha!? Bem, lá andámos com as tralhas às costas de um lado para o outro do comboio até que descobrimos uma cabine de 6 vazia. Ui, mas não era uma cabine qualquer, era demais para nós, bancos individuais, ar condicionado, electricidade... muito luxo. Pois, esse sonho durou 4h, que foi quando apareceu o segundo pica, e nos tirou delá, porque aquilo era 1ª classe e estava reservado (ahaha! os verdadeiros mitras!).



Bem, o comboio estava cada vez mais cheio, o que nos deu o belo do lugar no hall da carruagem. O Ruben encostou-se a uma porta que dizia WC, mas só depois de tentarmos abrir e virmos que não devia ser. Passado quase meia hora, a porta a que o Ruben estava encostado abriu-se e saiu delá um homem (devia estar mesmo aflitinho!). Lá optámos por ir procurar um lugar decente nas cabines, mas para isso tivemos que nos separar em 3 cabines diferentes.
Ao fim de 7h e pouco de viagem chegámos a Cracóvia. Onde é que nós entrámos primeiro? É verdade, mais um shopping! Praticamente a estação ficava dentro do shopping (haha)! Depois de darmos os primeiros passos em Cracóvia os primeiros grupos de pessoas por quem passámos eram portugueses. Já fartos de ouvir portugueses fomos directos ao hostel para pousarmos as malas. Ainda se lembram da rapariga que o Tiago pediu ajuda na estação em Varsóvia? Ela deu-lhe 'abrigo' em casa dela, lá em Cracóvia. Só nós os 5 é que ficámos no hostel.
Como não tínhamos o quarto antes das 14h fomos comprar os bilhetes para Auschwitz. Passámos todo o dia, praticamente, nos campos de concentração, a ouvir histórias, a ver fotografias e vídeos e a conhecer um pouco mais do que ali se tinha passo.



Sem sabermos ao certo onde apanhar o autocarro, decidi perguntar e a guia lá me disse que era um que estava à nossa frente. Começámos a correr, mas não foi suficiente, já não apanhámos aquele. Tivémos que ir para outra paragem para tentarmos apanhar outro autocarro. Chegamos lá à paragem e quem está lá? Mais portugueses. Lá apanhámos um autocarro que por lá passou, mas pelos vistos não era bem aquele, porque o caminho de volta que era suposto fazer em 1h, fez em quase 2h. Parava em tudo que era esquina.
Depois de 2h de viagem, fomos de novo ao shopping para comer qualquer coisa. Não queríamos ir outra vez ao McDonalds, por isso, andámos a ver o que nos 'ofereciam' nos outros. É obvio que acabámos por ir ao McDonalds (enquanto o Tiago estava em casa da amiga a comer do bom e do melhor!). Logo depois do jantar, fomos descansar para o hostel e delá não saímos.

01 Novembro, 2009 - A nossa estadia no hostel, incluía o pequeno-almoço, por isso fizémos uso dessa oferta. Aliás, usámos e abusámos (ahah).
Já com a barriga bem atestada, fomos então conhecer Cracóvia. Conhecemos as 'pombinhas da catrina:



...o homem que perdeu a cabeça:



...entre outras coisas.
Já com a cidade corrida de uma ponta à outra, decidimos andar num daqueles guias eléctricos. Como verdadeiros tugas, conseguimos regatear o preço de 220zl para 160zl. O eléctrico tinha a opção da explicação em português, mas era um português um bocado 'pretoguês'. Aconteceu por exemplo, 'à sua direita está o museu dos...' ... e na verdade era à esquerda, mas pronto, são pormenores que não podemos reclamar depois de baixar 60zl (haha).



Finalmente, depois de conhecer um pouco mais da cidade, fomos almoçar. Não, desta vez não houve McDonalds para ninguem. Fomos a um restaurante turco. E melhor, fomos jantar a um restaurante georgiano, e na mesa ao lado estava um brasileiro que era professor de capoeira lá em Cracóvia e que logo nos convidou a irmos experimentar.
E agora sim, a nossa verdadeira aventura em Cracóvia. Depois de jantar, fomos à procura de um barzinho ou um café para nos sentarmos um bocadinho a relaxar. Íamos nós (Eu, Ruben, Smile) na praça central à procura do que tivesse com melhor ambiente, e passaram por nós duas raparigas e disseram 'hello'. É claro que não fomos mal educados, e respondemos. Mal sabíamos o que tínhamos acabado de fazer. Perguntámos onde é que era o melhor bar para ir àquela hora e elas disseram que tinham estado num, que estava muito fixe, só que só iam comprar cigarros e já voltavam para lá. Lá se interessaram de tal maneira me nos levar ao famoso bar, que esqueceram os cigarros e foram-nos mostrar onde era. A meio do caminho, o Ruben ficou a saber de onde elas eram e só disse, 'Eu não falo com elas, elas são daquelas...'. Eram da Letónia (capital do Porno)! Elas sempre a perguntar de onde eramos, o que estávamos a fazer, onde estávamos a passar a noite... etc etc. Chegámos então ao bar (saXon - era o nome)... ficava num sítio um bocado manhoso, mas mesmo assim fomos. Entrámos e o bar estava vazio! Sentámonos nas mesas e elas sentaram-se também na mesma mesa que nós, e em segundos a empregada apareceu logo a perguntar o que queríamos beber. A empregada praticamente vinha praticamente sem roupa, para o que era suposto ter. Eu a partir daí comecei a achar tudo muito estranho. Ela deu o menu ao Ruben, e ele escolheu uma cerveja, eu fui atrás da escolha dele, e o Smile também. As outras duas personagens da Letónia pediram dois cocktail's XPTO's. Quando a empregada virou costas eu peguei no menu para ver as bebidas. FUCK! Tínhamos acabado de pedir uma cerveja, que custava 50zl (12,5€!!!), mas pronto o mal já estava feito. O Ruben já se tinha apercebido que elas não interessavam a ninguem, e eu já estava a desconfiar daquele ambiente todo, e comecei a escrever uma mensagem ao Luís a dizer onde estavámos, e caso demorássemos para ele nos ir lá buscar. A conversa delas, depois de verem as cervejas em cima da mesa foi: 'a cerveja não é bebida de noite, vocês precisam é de vodka'. Entretanto vieram os cocktail's delas e a conta. A empregada entrega a conta ao Smile e ele assusta-se! E eu achei estranha a reacção do Smile e parei de escrever a mensagem! Ele vira-se para a empregada e disse que pagava as cervejas, e não o resto. Eu ainda sem perceber porque é que ele tinha dito aquilo, pedi-lhe a conta: 1010zl !!! (252,5€) E as raparigas começaram a empurrar a conta para nós, a dizer que eramos cavalheiros e que tínhamos que pagar tudo. Nós insistimos a dizer que só pedimos três cervejas, e que era aquilo que íamos pagar. A empregada vira-se: mas vocês estão na mesma mesa, alguém se tem que responsabilizar pelo pagamento. Nós já a ver a nossa vida a andar para trás virámonos para as raparigas mais do que uma vez a dizer que só pagávamos a nossa parte. Elas começaram a tentar negociar, do género, metade-metade. E nós não nos mostrámos flexiveis e só queríamos pagar a nossa cerveja. Como nada se resolvia ali na mesa, 'nem sim nem sopas', pedi para falar com a gerente. Assim que me levantei para ir falar com a gerente, o Smile e o Ruben levantam-se também, e as outras duas vieram atrás. O segurança ao ver aquilo foi logo para as escadas para ninguém sair dali sem pagar. Contei o que se estava a passar à gerente, e ela vira-se para mim a dizer que tínhamos que pagar porque estávamos na mesma mesa que as raparigas. Eu continuei a dizer que não, não íamos pagar nada delas porque nem sequer as conhecíamos. Já estava a ficar farto daquilo e mais uma vez 'nem sim nem sopas'. O tempo passava e eu só dizia que não pagava nada delas. De uma das vezes que disse que não pagava, uma delas vira-se para a gerente e disse para ela não se acreditar em mim, porque eu era marido dela e estava a mentir. Depois de ouvir aquela miserável a dizer aquilo, disse que era de Portugal, tinha ali a minha identificação e queria que chamassem a polícia. Quando ouviram falar em polícia, desde logo uma delas disse que pagava e que nós só precisávamos de pagar a nossa parte mas tínhamos que sair da frente dela. E nós assim fizémos, pagámos a nossa parte 150zl, e fomos embora. Só que eu quis esperar que elas saíssem para lhes fazer umas perguntinhas (e espancá-las!). Elas passado uns minutos saíram e disseram: 'No money, no funny. No money, no fuck!'. Resumindo: elas estavam feitas com o bar, não pagaram nada, e muito provavelmente aqueles preços foram feitos para nós, porque o recibo vinha passado à mão. Foi a pior gorjeta desde que cá estamos na Polónia! E bem que nos saiu cára a brincadeira!



Depois deste episódio fomos para o Hostel e lá encontrámos mais portugueses. Estivémos à conversa algum tempo, e depois quando fomos para cima para os quartos, o Smile e o Luís, com os outros portugueses, passaram na cozinha e limparam o que puderam (1 pão de forma, 1 faca, 1 pacote de açúcar, 1 pacote de cereais). Só não trouxeram mais porque entretanto o segurança apareceu e cada um fugiu para o seu quarto.

02 Novembro, 2009 - Bem, graças a ter sido o último a tomar banho, e ao 'roubo' da noite anterior, quando cheguei à cozinha para comer o pequeno-almoço já não tinha nada (ahah).
Fizémos o check-out e fomos à procura dos souvenirs. Entretanto num dos mapas vimos que ainda não tínhamos nenhuma foto no símbolo da cidade, então fomos à procura dele para tirarmos uma foto:



Mais uma vez, no comboio, tínhamos duas pessoas nos nossos lugares reservados. De imediato elas sairam e nós por lá ficámos. Ao longo das 8h de viagem o Tiago conseguiu fazer mais umas poucas amigas que por lá se sentaram na nossa cabine (a cabine era de 8, nós ocupávamos 6 lugares). Já não bastava a viagem ser longa, houve alguém que decidiu puxar o alarme de emergência e o comboio parou do nada, o que possibilitou um atraso de 40minutos! Chegou-se ao ponto em que o Tiago andou a dançar 'Buraka Som Sistema - Kalemba (Wegue Wegue)' em cima do banco do comboio.
E foi assim mais uma viagem.

Esta semana é Oslo e Praga :D

Viagem a Varsóvia

Ora bem, é verdade que os dias passaram muito rapidamente, e, por isso, as histórias também são poucas. Nestes dias que não são mencionados, ocupámos o tempo da seguinte maneira: 50% dormir; 25% internet; 10% comer; 7,5% noite; 5% shopping; 2,5% aulas.

24 Outubro, 2009 - A Nicollini fez anos, e o pessoal de Erasmus juntou-se e cantámos-lhe os parabéns em várias línguas.



Passado umas horinhas dos festejos, partíamos nós os 4 (Eu, Ruben, Smile e Tiago) para Varsóvia. Eram 6 da manhã:



Dentro do comboio, não se passou nada de importante visto que cada um foi a roncar para seu lado. Tirando a parte em que o Tiago ia sempre a dormir para cima de uma rapariga até que ela se levantou e veio para o hall do vagão e veio o resto da viagem a pé. Em 3h e pouco de viagem pusémonos em Varsóvia, a capital. Saímos da estação, um pouco à nora, como já é costume, e qual foi o primeiro 'monumento' que vimos? Um shopping! (ahah), ora bem, um dos primeiros objectivos estava cumprido: conhecer um shopping. Após uma volta ao edíficio central, decidimos ir até ao Hostel. Pois, mais uma tarefa complicada, não sabíamos onde estavamos e para onde tínhamos que ir. Lá encontrámos um mapa, e fomos na única linha de metro que havia para aquela zona. À saída da estação do metro, o problema repetia-se: esquerda? direita? em frente? Lá optámos por apanhar um taxi, porque estávamos perto, não ia ficar caro a dividir pelos 4. O taxista lá nos levou até ao destino, e eu contei os KM, tinham sido 3... ou seja, a 2,20zl o km dava 6,60zl... pois, como não falávamos a mesma língua que ele, ele lá nos cobrou 15zl. Começavam cedo as 'gorjetas'.
Ao entrarmos no Hostel, mandamos o Tiago esconder-se lá na esquina, enquanto faziamos o Check-In. Só tinhamos feito a reserva para 3 e íamos tentar que o Tiago entrasse para o nosso quarto, mas como vimos que o Hostel APARENTAVA (depois vão perceber porquê o CAPS) ter alta segurança, decidimos fazer as coisas direitinhas e pedir um quarto para os 4.
Cansados da viagem, e ainda só com as horas da viagem de sono, ficámos a dormir um bocado pelo Hostel antes de irmos conhecer a cidade. Quando fomos conhecer a cidade entrámos num autocarro e por lá fomos à procura da melhor paragem para sairmos. Ao fim de algum tempo dentro do autocarro, e depois de dizermos umas asneirolas valentes, em português, para ninguém nos perceber, disse ao Tiago para perguntar à rapariga que ia ao lado dele o nome da paragem em que devíamos sair, e ela lá lhe respondeu. Quatro paragens antes da nossa, a rapariga quis sair, e como o Tiago estava à frente dela, ela vira-se para ele e diz: 'Com licença'! O Tiago parou logo, e começou a falar com ela em português. Ao vermos o Tiago a falar com essa polaca começámos logo com as nossas bocas: 'Ui, o Tiago já fez mais uma amiga' (Smile), 'E ri-se toda tola' (Eu). É claro, que nós ainda não sabíamos que ela falava português, até que ela vira-se para nós: 'Têm que sair daqui a 4 paragens. Adeus'! Se houvesse ali um buraco, era onde nos tínhamos enfiado (ahaha).
Depois de mais um episódiozinho, lá saímos onde ela nos disse e fomos até ao posto de turismo. Delá trouxemos algumas recordações que 'caíram' no bolso sem ninguem ver.
Estava a ficar tarde, e a fome já se fazia sentir. Fomos então comer a uma pizzaria. Mal entrámos, o Ruben assustou-se, quando viu um cão a comer à mesa com os donos. Lá o conseguimos convencer a comer naquela pizzaria, mas ainda nos rimos à conta do cão à mesa. Pois bem, depois de comermos tranquilissimos as pizzas e as lasanhas, a conta veio para a mesa. Até aqui tudo bem. Cada um sabia o que tinha consumido, cada um fez as contas e pôs o dinheiro certo no prato. Após duas ou três contagens, o dinheiro continuava a não bater certo com o preço total. Depois de vermos com mais calma o talão, vimos que tinha lá um truque qualquer que dizia que se a conta passasse os 50zl, era acrescentado 10% ao preço final - a famosa da 'gorjeta' - 11,2zl!
Saímos da pizzaria e fomos tentar ver mais alguma coisa da cidade, mesmo já estando de noite e a chover. Já tinhamos visto a parte mais antiga do centro e queriamos ir ver a parte mais recente, só que não sabíamos por onde ir. À saída de uma igreja, vimos uma rapariga, e fomos até ela para lher perguntar onde era, e como podíamos ir para a parte nova. A reacção dela foi simples, depois de ver 4 rapazes, com o capucho na cabeça e a ir em direcção a ela, meteu a mão à carteira e pôs-se a andar dali (ahaha).
Cansádos já de apanhar chuva, decidimos ir para um sítio abrigado: SHOPPING! E mal nós sabíamos que conseguíamos secar a roupa de borla, no ar condicionado! (ahah, o típico tuga que se desenrasca em qualquer lado).



Depois da roupa estar apresentável fomos até ao Hard Rock Café, e delá fomos para o Hostel.
Lembram-se do nosso medo quanto à segurança? Estavámos muito enganadinhos. Simplesmente, chegámos ao hostel, pedimos a chave a um recepcionista diferente, e ele sem pensar duas vezes deu-nos a chave! (ou seja, o Tiago bem que podia ter entrado sem ninguem dar conta e tínhamos ido para um quarto mais pequeno e mais barato. As gorjetas no seu melhor :D).

25 Outubro, 2009 - Depois de fazermos o check-out no hostel, e sem tomar o pequeno-almoço, vimos que havia uma máquina de chocolate quente, café, capuccino... etc. Bem, aquilo estava tudo em polaco, lá tentámos perceber o que cada coisa significava. Mais uma ideia de cacá! É claro que saiu asneira. O que nós pensávamos que era o botão do açúcar, era o botão da temperatura. O meu chocolate quente quase derretia o copo (ahah). Ao fim quase de 5minutos a deixar aquilo arrefecer lá consegui beber, e logo aseguir entrámos no autocarro para irmos conhecer o mesmo da noite anterior, mas agora de dia. Desta vez, em vez de sairmos na mesma paragem, decidimos parar umas mais à frente, e depois fazer o caminho todo para trás a pé. Chegámos à paragem que devíamos sair, e íamos todos distraídos, até que eu e o Smile nos levantámos a correr e gritámos para os outros dois para sairem. Conseguimos sair os dois... e o Tiago. O Ruben tinha ficado preso no autocarro. Porquê? Porque o Tiago levantou-se e parou em frente à porta à espera que ela se abrisse sozinha, e o Ruben ao ver e como estava por trás dele, carregou no botão. Só que com aquele impasse todo, só deu para sair um, e o Ruben quando ia para sair as portas fecharam-se e ele continuou até à outra paragem, e nós esperámos por ele no mesmo sítio.
Voltámos a fazer o percurso todo só que desta vez a pé, deu para conhecer um pouco mais de Varsóvia.



Depois de tudo visto, voltámos para os lados do shopping e da estação, para o Tiago puder comprar o bilhete de comboio para regressar a Poznan. Sim, porque ele decidiu às 2h da manhã ir connosco para Varsóvia no comboio das 6h da manhã. Mais do mesmo, na estação a senhora não sabia falar inglês, então ele pediu à rapariga que estava atrás dele para o ajudar a traduzir para a senhora entender o que ele queria. O mesmo será dizer que ele arranjou mais uma amiga, e pediu-lhe logo o número de telemovel e ficou a saber que ela era de Cracóvia.
Ora bem, já fartos de fast-food, tentámos procurar no shopping alguma coisa diferente: asneira! Somos demasiado fiéis ao McDonalds (ahah), mas como não havia, fomos ao KFC. Enquanto eu e o Smile comemos no KFC, o Ruben e o Tiago queriam algo diferente, então foram ao 'Subway' (uma espécie de casa das sandes). Mais valia terem ficado quietinhos e terem vindo comer connosco, além de o Ruben ter pago 14zl a mais sem explicação (gorjeta!) o Tiago pediu uma sande de frango, que vinha sem frango (ahah).
Já com a barriga cheia, fomos então para a estação para apanharmos o comboio. Desta vez tinhamos lugares marcados, e lá fomos nós à procura deles. Chegámos aos nossos lugares e estavam ocupados por um casal com um filho. Tentámos perceber o que se passava, e a senhora dissenos que tinha feito confusão nos números mas que os lugares dela estavam vagos e que podiamos ir para lá. Sentímo-nos mais aliviados assim porque não iamos com o 'puto' ao nosso lado. Cagada feita! Não íamos com o puto, mas tínhamos outra prenda nos outros lugares: um boxer que ia deitado e ocupava todo o chão da cabine. O Ruben mais uma vez viu a vida dele a andar para trás (ahah). A senhora que tinha feito a confusão perguntou-nos se podíamos ficar lá para não ter que andar com as malas outra vez de um lado para o outro. Tivémos que mentir, tivémos que dizer que o Ruben era alérgico a cães e que não podia ficar naquele lugar. A senhora lá compreendeu e mudou, e nós fomos para os nossos lugares para dormirmos mais umas horinhas valentes.