quinta-feira, janeiro 21, 2010

Londres e Amesterdão

Depois de algum tempo sem grandes aventuras... lá voltámos nós à carga :)

11 Jan, 2010 - Eram perto das 4:30h da manhã quando chegámos ao aeroporto do Porto para apanharmos o avião às 6:25h, rumo a Londres. Quando chegámos encontrámo-nos com a Carla e a Bruna que estão em Poznan connosco e com mais outro rapaz. Estávamos todos na fila para o check-in e só passado algum tempo de estarmos lá à espera é que nos disseram que como não tínhamos malas de porão era escusado estarmos ali à espera. Saímos então da zona do check-in e fomos para o 'raio-x'. Até aqui, tudo bem. O problema estava prestes a começar... Ao que tivemos que andar para encontrar a nossa porta de embarque, mais parecia que já era noutro aeroporto. Lá demos com a porta e sentámo-nos à espera que começassem a aceitar os bilhetes para o embarque. O tempo foi passando e não se via ninguém da Ryanair. Quando se fez luz e vimos alguém responsável por aquela zona, foi simplesmente para ir ao microfone avisar que o nosso voo tinha sido adiado para as 12h (espectacular!). Voltámos então para trás, para procurar um sítio melhor para passar o tempo. Depois de darmos umas voltas valentes dentro do aeroporto, eu e o Ruben decidimos ir à zona das 'chegadas' para ver se se passava alguma coisa. Com esta nossa ideia, nunca pensámos que estávamos a furar tudo que era sistema de segurança do aeroporto. Passo a contar: fomos até à zona do 'raio-x' e lá, como é óbvio não tem nenhum sítio para sair (a única maneira de sair da zona onde estávamos, era sair para a pista e depois entrar nas portas das 'chegadas'). Mas nós vimos a empregada da limpeza a sair por uma porta de acesso restrito e fomos atrás dela. A empregada, do nada, desapareceu e nós ficámos naquela zona sem saída, ou voltávamos a fazer o 'raio-x' e voltávamos para onde estávamos, ou encontrávamos uma porta para sair dali. Até encontrámos a porta, mas a porta só abria pelo outro lado, e por sorte, uma hospedeira de bordo ia a entrar por aquela porta e nós aproveitámos para sair (quando mais tarde tentámos fazer o mesmo, a polícia topou-nos e não nos deixou sair). Mas está provado que uns amadores como nós conseguem furar a segurança! haha.
O tempo foi passando com uma soneca aqui e outra acolá e às 10:40h fomos para a mesma porta esperar pela hora de embarque, já lá estava mais gente desta vez. O tempo continuava a passar sem se ver alguém da Ryanair mais uma vez. Já era meio-dia e nada. Um dos homens que estava na fila decidiu pegar no telefone da companhia e telefonar. Apareceu logo a polícia, e mais tarde os responsáveis da Ryanair. O ambiente começou a ficar pesado, e os responsáveis da Ryanair só souberam informar que o voo estava novamente adiado para as 17h. Como 'recompensa' deram um vale de 5€ para irmos almoçar (como se desse para alguma coisa! haha). Fomos então almoçar e por lá ficámos a dormir e a ver as notícias até à hora de embarque.
Às 15h voltámos para a porta de embarque, já sem grandes esperanças. Desta vez, era mesmo para embarcar! haha. A viagem foi tranquila até Londres, e quando chegámos lá, lá nos aconteceu outra. Tivemos mais uns 10 minutos dentro do avião do que era o suposto, porque simplesmente não havia ninguém no aeroporto para nos abrir a porta! (cheios de sorte!)
Lá conseguimos sair do avião, e já dentro do aeroporto fomos procurar pelos autocarros para irmos para o centro de Londres. A partir daqui ficámos os 3 sozinhos, e os outros 3 ficaram no aeroporto a passar a noite, porque na manhã seguinte iam para Poznan.
Andámos mais de 1:30h autocarro para chegarmos ao centro de Londres. No aeroporto tínhamos perguntado em que 'paragem' tínhamos que sair, e eles disseram-nos 'Baker Street'. Ainda bem que havia duas 'Baker Street' e que nós só nos apercebemos dentro do autocarro. Decidimos sair na primeira delas, e já estávamos com as mochilas às costas quando eu perguntei ao motorista como é que podíamos chegar ao sítio que queríamos e ele disse para voltarmos a entrar e sair só na próxima (ahah). Saímos então na 2ª 'Baker Street' e depois fomos atrás das indicações do GPS. Depois de 15, 20 minutos a andar, demos com a rua do nosso Hostel.
Antes de chegarmos ao nosso Hostel, passámos por um com um nome muito parecido e que até pensávamos que era o nosso. Este tinha uma placa de trânsito à porta, com uma seta para a entrada a dizer: 'Diversion' (que medo! hahah). Andámos até ao final da rua e demos com o nosso hostel 'Smart Hyde Park'. A primeira impressão que tivemos do hostel não foi muito má, era só gente de garrafa na mão haha! Fizemos o check-in e fomos para os quartos, pelo caminho passámos na sala de convívio e estavam umas mulheres a dizer: 'arriba, abajo, al sexo y al dentro'. Muita loucura por aqueles lados! Chegámos então ao nosso quarto e quando abrimos a porta, demos de cara com o 'avô cantigas' (ahah). Aquele quarto era para 16 pessoas, e estavam lá 13 a contar connosco. O aquecimento daquilo era um aquecedor ao meio do quarto no máximo (deve ser o aquecimento 'central' haha). Fomos então descansar.



12 Jan, 2010 - Fui o primeiro a levantar-me e saí do quarto para ir tomar banho. Quando voltei ao quarto tentei abrir a porta que tinha deixado encostada, porque não tinha o cartão para a abrir (o Smile é que os tinha guardado), e a porta já estava fechada. Tentei então telefonar para o Smile e para o Ruben (um estava sem bateria e o outro tinha-o desligado). Bem, fiquei à espera que daquelas 12 pessoas alguém se lembrasse de abrir a porta, até que o 'avô cantigas' saiu da casa de banho e me abriu a porta (ahaha).
Entretanto arranjámo-nos e fomos tomar o pequeno-almoço e fazer o check-out. Mesmo em frente ao hostel havia um jardim. Fomos então para o jardim para começar ali a nossa 'descoberta' de Londres. O jardim era o 'Hyde Park'. O que é certo é que andámos mais de 30 minutos a pé, e ainda estávamos dentro do jardim, aquilo não tinha fim.



Quando chegámos ao fim do jardim começámos a ir em direcção ao 'Buckingham Palace'.



Pelo caminho até ao 'Buckingham' já levávamos a ideia que em Londres, carros como Porche's, Bentley's, BMW's, Jaguar's, etc etc, eram carros normais! Mas depois do 'Buckingham Palace' ficámos a saber que não só aqueles carros eram normais por ali, como eram também os brasileiros e portugueses. Em todo lado, mesmo em todo lado, haviam brasileiros e portugueses! Continuámos a nossa visita a pé por Londres: Big Ben (um simples relógio ao alto! haha)



London Eye (a tal roda gigante!)



Tower Bridge (a famosa ponte que levanta haha).



Depois de termos feito 15km a pé, desde o nosso hostel até à 'Tower Bridge', sentámo-nos para pensarmos o que íamos fazer a seguir porque tínhamos que ir apanhar o autocarro para o aeroporto na mesma zona onde tínhamos ficado no dia anterior. Decidimos então voltar tudo para trás, mas por outras ruas desta vez. A meio do caminho parámos num café para beber alguma coisa quente, porque além do cansaço o frio também já era bastante.
Andámos então mais uns 10km para trás, e estávamos na zona que tínhamos que apanhar o autocarro, só que não sabíamos ao certo onde tínhamos que apanhar, porque apareciam 3 nomes de Ruas, e não dávamos com a paragem nem por nada. Ao fim de algum tempo e de corrermos as ruas todas, demos com a paragem do autocarro. Tínhamos chegado a 1min de pudermos apanhar o autocarro. Começámos a ver o autocarro e...e o caralh* não parou! (ahahaha!). Passou sempre sem parar! Pensámos que nos tínhamos enganado na paragem. Fui então perguntar a um homem que lá estava se aquela era a paragem do autocarro, e ele disse que sim que já devia estar para passar. Eu disse-lhe que ele tinha acabado de passar e o homem disse que tínhamos que fazer sinal para ele parar! (BINGO!) 20 minutos depois veio o outro, e desta vez, ele não viu só 1 sinal... mas 3 sinais (eu, o Ruben e o Smile! haha). Entrámos e fomos a dormir até ao aeroporto.
Chegámos ao aeroporto e procurámos logo uns bancos para os 3, porque nós íamos lá passar a noite para no dia seguinte apanhar de manhã o voo para Eindhoven. Ficámos nos bancos mesmo em frente à zona das 'chegadas'. Naquela zona vê-se um pouco de tudo, mas o melhor, foi um homem à espera de alguém com um ramo de rosas, que nunca mais chegava, e quando chegou ele deu-lhe o ramo e ela simplesmente não deu grande importância. O homem que esteve ali nervoso uma eternidade, levou uma facada daquelas! (ahaha, adoro a zona das 'chegadas')! Nos mesmos bancos que nós, estavam lá uns poucos chineses/indianos que não se calavam, até que se começaram a deitar e a calar. Depois que eles se calaram, também nós nos deitámos e adormecemos lá nos bancos. Mas antes tinha ido com o Ruben dar uma volta ao aeroporto a ver se se encontrava um lugar melhor para dormir. Nem nos podíamos queixar, grande parte das pessoas estavam a dormir no chão (ahah), o aeroporto estava cheio de gente a dormir não havia nem mais um banco para nos esticarmos.

13 Jan, 2010 - Outra vez com um voo às 6:55h foi só acordar, e ir fazer o 'raio-x' e esperar pelo número da porta de embarque. Entrámos no avião, e eles lá tiveram a fazer aquelas demonstrações XPTO's e o avião começou a levantar. Quando o avião estabilizou e as luzes dos cintos se apagaram, pus-me a descansar e a ouvir música. Quando ia na quinta música e já mesmo a adormecer, a hospedeira abana-me a dizer para desligar o Mp3 e eu sem perceber o que se estava a passar. Era simples, já estávamos a chegar, a viagem demorou menos de 1h! (ahah). O Smile só acordou com a aterragem (a cama mexeu-se haha!). Chegamos então a Eindhoven e estava um frio de rachar e neve por todo lado. Queríamos então ir para Amesterdão e fomos à procura dos bilhetes do autocarro, mas quando vimos o preço desistimos logo da ideia. Depois de algum tempo a conversar decidimos alugar um carro para irmos de Eindhoven para Amesterdão. Estava um casal à nossa frente na fila dos alugueres, e depois de eles serem atendidos e de levarem as chaves do carro, nós chegámo-nos à frente para saber os preços, etc etc... a resposta foi simples: acabei de alugar o último carro! (ena, que sorte! haha). Lá tivemos nós que ir de autocarro. Desta vez os cromos não eram chineses ou indianos, mas era uma trupe de italianos que não se calavam.
Chegámos a Amesterdão e começámos logo à procura do nosso hostel. Depois de um ou outro erro de coordenadas, já estávamos a ir na direcção certa. Fomos dar à rua do nosso hostel através de um beco, e quando demos com a rua, olhámos para o lado esquerdo e a primeira coisa que vimos foi a entrada de uma porta a dizer: 'CINEMA GAY'. Comecei logo a ver a nossa vida a andar para trás (ahaha). Olhámos para o outro lado, e havia um Irish Pub com o nome do nosso hostel 'Durty Nelly's'. Chegámo-nos mais perto para ver o que realmente era, e concluímos que aquilo era o nosso hostel. A entrada era por um Irish Pub (ahah). Entrámos e eles mandaram-nos para a zona da recepção do hostel e mandaram-nos esperar por um Alex. Entretanto chegaram mais uns hóspedes para fazer o check-in (um casal de turcos!). Passado algum tempo aparece o Alex (o recepcionista, brasileiro!). Aconselhou-nos o que devíamos ver em Amesterdão e nós fomos para o quarto. Desta vez o quarto era só para 8 pessoas.



Deitámo-nos então até às 16h.
Saímos então do hostel e fomos conhecer ali a zona (mesmo ao lado no nosso hostel, tinha uma casa de meninas, com table dances, varões...etc etc! boa vizinhança haha).



Em Amesterdão existem mais bicicletas que pessoas.



A primeira coisa que fomos ver em Amesterdão foi o 'Sex Museum'.



Depois de darmos umas voltas pelos pontos mais importantes ali perto que ele tinha falado (Madamme Tussaud, Museu da Tortura, Museu da Marijuana...) fomos até à 'Red Light'.



MAS O QUE É ISTO? (acho que foi este o pensamento do primeiro impacto!). Qualquer rua em que andávamos, tinha sempre alguma a bater na janela a chamar, todas metidas numa 'gaiola' com luzes neon vermelhas. E as que não estavam a bater à janela era sinal que estavam ocupadas e portanto, tinham a bela da cortina vermelha a 'fechar' a gaiola! Ali sim, via-se de tudo, desde homens a sair ainda com as calças na mão, homens a sair da 'gaiola' com um andar esquisito, como se tivesse sido ele o violado. Ficámos também com a ideia que elas não são muito poliglotas, só sabem dizer 'fifty' ou múltiplos (consoante o número de clientes ao mesmo tempo haha).
Depois de umas voltinhas pelas ruas, fomos até um 'Coffee Shop' comer os famosos 'Space Cakes'. O que é certo é que nos conseguiram chular 4,5€ por cada queque de CHOCOLATE! (sim, porque não devia ter mais nada!).



Depois de comermos os 'Space Cakes' e antes de irmos dormir, ainda fomos dar uma última voltinha na 'Red Light'. Durante a noite, o rapaz que dormia na cama que ficava debaixo da cama do Ruben chegou e ligou o aquecimento no máximo. A meio da noite, acordámos todos cheios de calor, nem se respirava dentro do quarto.

14 Jan, 2010 - Acordámos e fomos tomar o pequeno-almoço. Ao nosso lado estavam 6 brasileiros que estavam hospedados no nosso hostel (estão em todo lado!). Fomos então conhecer o resto de Amesterdão (Casa da Anne Frank, Museu do Van Gogh...)



e depois começámos a procurar pelos souvenir's. Depois disso fomos dormir eram 16h e só acordámos às 21h para ir jantar. Mais uma vez, caímos no erro de ir procurar um sítio diferente do McDonalds para comer. É sempre tempo perdido, porque fomos lá parar outra vez! (ahah). Depois de jantar, fomos fazer a nossa ronda pela 'Red Light', o que se confirma que não há muito 'stock' porque as raparigas na maioria eram as mesmas, embora houvesse para todos os gostos e feitios! (ahaha). Assim como em Londres 'tropeçávamos' em grandes carros, em brasileiros e portugueses... em Amesterdão isso era substituído pelas meninas nas janelas e pelo cheiro a marijuana nas ruas. Fomos então dormir a seguir ao nosso passeio pela 'Red Light'. A meio da noite, o mesmo rapaz entrou em acção, mas desta vez foi diferente: começou a ressonar! Aquilo nem era bem ressonar, já era mais do que isso! Conseguiu acordar toda gente que estava no quarto. Primeiro foi um dos estrangeiros que lá estava, levantou-se acendeu as luzes e fez barulho a ver se ele se calava, e ele nada. A seguir o Smile levantou-se e depois de abrir a porta, fechou-a a fazer barulho e ele nada. O Ruben só perguntava: como é que se cala um animal destes? (é que não tinha outro nome!) Nem com os phones do Mp3 o deixávamos de ouvir. Entretanto o rapaz lá acordou e saiu mais cedo, e nós conseguimos adormecer.

15 Jan, 2010 - Antes do check-out, tomámos o pequeno-almoço (e desta vez já lá estavam mais 3 portuguesas). Fomos então fazer as últimas compras e ver se o turno da manhã na 'Red Light' também valia a pena, e às 12:15h apanhámos o autocarro para Eindhoven. Chegámos ao aeroporto de Eindhoven às 14h para apanhar o voo das 21:35h (a bela da seca!). Depois daquele tempo todo de espera, às 19:35h fomos para o 'raio-x' e os seguranças cismaram com o Smile e revistaram-no umas poucas vezes (ahah). Depois de passarmos pelo 'raio-x', queríamos comer qualquer coisa e deixámos as mochilas nos bancos e fomos procurar alguma coisa para comer. Passados uns segundos de termos deixado as mochilas ouvimos uma hospedeira da Ryanair toda histérica aos berros a chamar por nós! A cachopa estava com medo que fossem bombas, a cara dela de pânico foi uma risota (hahaha!) Lá fiquei eu a tomar conta das 'bombas' enquanto eles foram comer e depois fui eu.
A hora de embarque chegou, e a partir daí reparei logo que aquilo era um voo constituído maioritariamente por portugueses. Eu explico porquê: razão nº 1 - estão a ver uma fila enorme do lado direito da porta de embarque? e agora vejam a fila do lado esquerdo com 4 pessoas! O que é que é típico dos portugueses? É claro, vão para a fila com 4 pessoas porque os outros são uns burros e estão na fila, pena é que aquela fila da esquerda é para prioritários e depois quando se chega a vez de mostrar o bilhete 'não-prioritário', têm que ir para o final da fila da direita. E qual é a reacção dos portugueses? Começam a mandar vir, óbvio! E vão a rezar até ao final da fila e por lá ficam a rezar ainda por uns tempos; razão nº 2 - depois de passarmos a porta de embarque ficamos todos numa zona que vai dar acesso ao avião. Óptima oportunidade de voltar ao lugar onde alguns já estiveram, ou seja, lá vêm os mesmos portugueses a passar à frente de toda gente, como se ninguém reparasse. E quando a porta abre? Será que somos civilizados e vamos ordeiramente até ao avião? Errado! Todos se atropelam uns aos outros, porque o avião se cair há lugares melhores que outros com certeza! (ahaha); razão nº 3 - num voo normal, o tempo de entrar no avião, por a mala e sentar é curto. Mas num voo de portugueses é assim que se faz: sobem-se as escadas, e o bilhete já está guardado na carteira e tem que se apresentar à entrada do avião, ou seja, tem que se ir procurar o bilhete ainda; depois entrasse no avião e tem que se parar em todos os lugares a ver se servem ou não (mesmo sendo todos iguais), depois de se parar em meia dúzia de lugares, escolhesse um; depois de se escolher o lugar, põe-se a mala no banco, tira-se a roupa, conversa-se um bocadinho (isto tudo ainda no corredor, ou seja, mais ninguém passa), só depois é que se decidem a pôr a mala para cima para os compartimentos, e lá se sentam. Com isto tudo, um voo cheio de portugueses, demora muito mais a 'preparar' para levantar que outro qualquer (ahaha)!
Pela primeira vez, calhou-nos um hospedeiro de bordo português. Bem, o homem de 5 em 5 minutos ia para o microfone dizer qualquer coisa. Ele tinha mais jeito para vendedor do que para hospedeiro: 'hoje e só hoje, eu estou a oferecer mais 10% de desconto em produtos que apareçam na nossa revista, como perfumes, etc etc...'. Além desse português, também havia uma hospedeira portuguesa, que uma das vezes que pegou no microfone, não parava de se rir (provavelmente, teve hospedada em Amesterdão antes de embarcar haha).
Estávamos então a chegar já ao Porto, e o sinal dos cintos acendeu. A partir daí a viagem é que se tornou complicada. Andámos tempos e tempos na 'zona das nuvens' e não se via nada. Depois de passar aquela zona, começámos o processo de aterragem... ainda estávamos bem lá no alto, e o avião não estabilizava nem por nada, o vento estava muito forte. Continuávamos a descer e à medida que descíamos o avião abanava mais e não se ouvia um 'piu' dentro do avião. Por momentos ainda pensei que íamos aterrar na A29, da maneira que aquilo ia... mas lá conseguimos aterrar em condições.
Para terminar, o hospedeiro português, foi ao microfone mandar a piadinha (visto que ainda estava tudo meio assustado): Senhoras e senhores chegámos ao Porto com 30 minutos de antecedência, coisa que nem um concorde seria capaz de fazer! (ah ah ah, que piadinha, depois daquela aterragem!!).
Saímos do avião, e voltamos a casa.

Agora para dia 1, esperam-nos mais uma ou outra aventura em Barcelona :)

sexta-feira, novembro 13, 2009

Trapalhadas entre Oslo e Praga

-> mais uma semana que passou sem fazermos nenhum, e com a agravante que tivemos que desistir de 3 cadeiras (que só por acaso eram as que tínhamos trabalhos marcados).
para aproveitarmos o fim de semana e os feriados do dia 10 e 11, marcamos uma viagem até Oslo, e outra para Praga (para começar, da melhor maneira, na altura da marcação das viagens, o Luis conseguiu minar de tal maneira o sistema informático que a Nicollini já tinha 3 viagens Poznan - Oslo, o costume! Depois lá se conseguiu repor os bilhetes)

07 Novembro, 2009 - a viagem começou como todos queríamos: perdemos o metro por segundos. O que vale é que tínhamos saído com algum tempo e deu para apanhar o seguinte (excepto o Tiago, que como o Luís, é uma menina! haha). Depois da viagem de metro, saímos para pudermos apanhar o autocarro para o aeroporto. Em poucos minutos o autocarro veio, e no meio de tantas hipóteses (77, 59 ou L), fomos no nº77 - cagada! O 77 dava a volta toda aos subúrbios antes de chegar ao aeroporto. Lá serviu aquela viagem para ficarmos a conhecer um pouco mais de Poznan. Íamos nós a falar como de costume, alto e sem medo que alguém percebesse, até que uma velhota se levanta e diz que é naquela paragem que temos que sair. Bem que nos podia ter enganado que nós tínhamos caído que nem uns patinhos, mas por acaso até estava certa a senhora. O que é certo, é que o nosso autocarro demorou tanto na volta, que quando chegamos ao aeroporto, já lá estava o Tiago (tinha ido no L) à nossa procura. Fomos em direcção ao check-in, e a típica pergunta: 'os bilhetes?'. A Nicollini vira-se para o Luis: 'os bilhetes?', o Luis vira-se para a Nicollini: 'os bilhetes?'. Não havia bilhetes! (ahaha) O Luis e a Nicollini largam as mochilas, começam a andar às voltas que nem baratas tontas, sem saber o q fazer. Os bilhetes tinham ficado na paragem do autocarro, antes de entrarmos no 77 (ahah). E melhor, eles estavam para ficar em terra, mas eles também tinham lá o bilhete do Tiago, ou seja, era um 3 em 1. Lá foram até ao balcão e bastava ter o B.I., foi a sorte deles. Passamos então lá naqueles truques todos dos raios-x e dos detectores de metais e fomos comprar mantimentos porque já sabíamos que em Oslo ia-nos sair caro.
Entretanto já estávamos a levantar em direcção a Oslo e passado pouco mais que 1h já estávamos a aterrar. Querem saber a melhor? O suposto aeroporto de Oslo para onde marcamos viagem, não era em Oslo, mas sim em Sandefjord (a 120km de Oslo!). Começava da melhor maneira a estadia em 'Oslo'. Não tínhamos reservado nenhum sítio para dormir, pelo que decidimos ir ao 'CouchSurfing' e procurar ajuda. Mas como sempre, não tivemos sorte nenhuma, ninguém nos deu abrigo em Oslo. Ao contrário de nós, o Tiago já tinha arranjado um 'Couch' e escreveu num papel 'OSLO' e meteu-se a caminho a pedir boleia (a sorte dele é que ele tem uma 'estrelinha' sempre com ele!). O Luis e a Nicollini já estavam a preparar-se para dormir ali pelo aeroporto e nós os 3 (eu, Ruben e Smile), do nada, decidimos escrever num papel 'OSLO' e ir pedir boleia também (ahaha).



Eram 19.45h mais ou menos, quando saímos do aeroporto. De GPS na mão, lá fomos nós à procura de uma alma caridosa que nos ajudasse a fazer aqueles 120km para irmos conhecer Oslo. Ahh, isto tudo porque Oslo, é só a cidade europeia mais cara!! Logo, tínhamos que ser poupadinhos que estamos em crise (ahah). Pois bem, começámos a nossa longa caminhada, sem saber o que nos esperava. Sempre que alguém passava lá nos púnhamos os 3 a pedir boleia e nada (nem os Taxis paravam!!). Ao fim de 4km a pé, estávamos na entrada da auto-estrada, a partir dali não podíamos ir mais (eram 20.35h quando lá chegámos). Ainda na esperança que algum camionista nos desse boleia, não desistimos. Até que um rapaz começa a parar à nossa beira, e quase nem demos tempo de ele dizer nada, já estávamos os 3 dentro do carro (ahah). Perguntei-lhe para onde é que ele ia, se ia para Oslo, e ele disse que sim, que nos deixava lá perto. MENTIRA! Passado 15km, encostou o carro e disse que nos ia deixar ali, que era para ali que ele ia - Tonsberg. Pronto, agradecemos a ajuda (ou não!, porque agora, nem para trás, nem para a frente!) e voltámos à carga: papelinho e dedo no ar. Mas, a sorte era pouca, o sítio onde ele nos tinha deixado era uma aldeia, não passavam muitos carros por ali, ou seja, já estávamos a ver a nossa vida literalmente a andar para trás. Falar em andar para trás, ao fim de algum tempo ao frio decidimos procurar uma estação de comboios lá na aldeia para dormir, já que a sorte não estava (como sempre!) do nosso lado. Ao irmos em direcção à aldeia, continuamos a pedir boleia, até que, do nada, e ao fim de quase 2km a pé, parou mais um carro. Começámos a correr para entrarmos, e quando abrem a porta eu só pensei: 'uoouuu! é com estes que vamos?'. Bem, o que é certo é que o passageiro, que foi o que eu vi, tinha o pior dos aspectos (ahah). Mas mesmo assim, entrámos e lá fomos nós. Eles disseram que iam para perto de Oslo, e que estavam a vir de umas obras. O que ia a conduzir era romeno, e o outro era francês (que luxo! haha). Mal entrámos, uma das primeiras perguntas foi: têm dinheiro? (ahaha) é claro que dissemos que não (ahah!). Ora bem, já íamos nós descansadinhos no carro, e todos ao paleio, até que começo a ver umas luzes azuis atrás de nós, e eu a pensar que era uma ambulância que ia passar... asneira! Era mesmo a polícia a mandar-nos encostar! (Sim, porque ele vinha sempre a 150km/h numa estrada com máximo de 90km/h) Quando ele encostou, começámos todos (incluindo o francês e o romeno) a pôr os cintos, porque ninguém trazia. A polícia veio lá, pediu-lhe uns documentos quaisquer, e ele não encontrava (é claro, que já se estava mesmo a ver que o carro era roubado! haha). Lá encontrou e deu-lhe o documento. A mulher polícia abre a porta de trás para ver se tínhamos os cintos, e nós já a puxar dos B.I.'s a pensar que ela nos estava a pedir a identificação. O que é certo, é que o único que tinha conseguido por o cinto foi o Smile. O Ruben, que ia ao meu lado ia a segurar no cinto com uma das mãos e eu, que ia ao meio, não conseguia chegar ao meu cinto, mas ela quando me pediu para ver o cinto, eu mostrei o da bolsa da eastpack que levava à cinta, e ela lá pensou que era o cinto (ahah!). Enquanto a mulher polícia foi com os documentos até a carrinha, o romeno disse que ele estava prestes a apanhar uma multa entre 600€ a 1000€ (já ia sobrar para nós portanto!). A mulher voltou, e apenas disse para ele ter cuidado dali para a frente. Ele suspirou de alívio, e arrancou logo a seguir. Ele depois lá nos contou o porquê de estar tão contente: 'Vocês nem sabem a sorte que tive agora. Ela disse que não encontrou nada no «cadastro», mas eu já tinha duas multas por excesso de velocidade, uma por excesso de álcool, que fiquei 8 meses sem carta e paguei 2500€. Só que entretanto perdi os documentos, e agora tenho novos, e pelos vistos não acusou nada da carta antiga. Vocês são a minha sorte!' (ahah), só aí nos tínhamos apercebido no filme em que nos tínhamos metido mais uma vez! Mais à frente, estava mais uma carrinha da polícia, e o romeno vira-se para trás: 'Mau! Vocês devem ser terroristas, porque eles andam à procura de alguma coisa!' (ahah!). Andámos quase 1h de carro, e ele lá nos deixou a 16km de Oslo, numa estação de autocarros. Metemo-nos na fila para entrarmos no autocarro que tinha como destino 'Oslo' e enquanto esperávamos eu virei-me para trás e perguntei à rapariga quanto é que custava. Entre os 3 ia ficar 20€! Já estávamos a chegar ao motorista para comprar os bilhetes e dissemos para nós: se chegámos até aqui sem gastar nenhum, vamos até Oslo sem gastar nenhum! Saímos do autocarro e lá foram eles, papelinho na mão e GPS. Pensámos nós que se tínhamos conseguido fazer 100km à boleia, conseguíamos fazer os 16km que faltavam. Enquanto não passava ninguém, nós lá íamos andando pela estrada fora (passámos por bairros fantásticos, em que percebemos porque é que Oslo é a cidade mais cara mas também a mais segura da Europa). Pelo nosso caminho encontrávamos às vezes placas a indicar Oslo noutra direcção, mas como o GPS nos dava outra, nós seguíamos sempre o GPS (lá andámos nós por atalhos manhosos!). O tempo foi passando e a boleia não aparecia, e nós já a somar km nas pernas. Telefonamos ao Tiago e já estava ele, em casa da amiga, numa alta festa com franceses e colombianas. Para nossa sorte, não havia boleia para ninguém e começou a chover. Já estávamos cansados e cheios de fome, e o Ruben pelo caminho encontrou uma espécie de castanha, e meteu-a à boca (ainda hoje diz mal dessa suposta castanha, porque ficou com a língua a saber àquilo!).
Ao fim de mais de 3h30min a caminhar, estávamos em Oslo! (tínhamos acabado de fazer mais 16km, a somar aos outros 6km que já tínhamos feito logo no ínicio). Depois de termos saído à mais de 7horas de Torp, eram quase 4h da manhã e o centro de Oslo à pinha. Para mim, Oslo, vou recordar como a capital das 'loiras de mini-saia', eram todas! Toda gente estava na festa, toda gente estava bêbada, fossem miúdos, fossem mais velhos, havia para todas as idades. A polícia estava em todos os cantos! A verdadeira da confusão! A primeira imagem foi logo, uma rapariga aflitinha, com certeza, em pleno jardim central, arregaça a mini-saia e bota que tem. A segunda imagem, foi um polícia a correr atrás de um rapaz e a levá-lo detido, depois de lhe pregar uma placagem. A verdadeira da LOUCURA! 3ª imagem, uma rapariga que só se mantinha em pé, porque três rapazes a estavam a segurar, e ela com a mini-saia quase no umbigo.
O povo começava a recolher, e nós também precisávamos de recolher para algum lado, tentámos tudo que era portas de apartamentos (para ver se alguém se tinha esquecido da porta aberta). Mas a sorte não nos acompanhava mesmo! Lá demos umas poucas voltas pela cidade à procura de um abrigozinho, e nada! Quando eu e o Smile já nos estávamos a ajeitar para ficarmos numa paragem de autocarro, o Ruben disse que tinha visto um sítio melhor. Lá fomos nós dormir (ou tentar!) numas escadas que davam acesso a umas lojas, mas era a o único sítio mais escondido que por ali havia. Deitámo-nos por lá e num instante ficámos cheios de frio, e quando ouvimos uns passos a vir de cima, decidimos ir procurar outro sítio (ainda aguentámos quase 1h lá). Fomos então para a estação do metro, deitámo-nos por lá, e por lá ficámos até às 7.30h da manhã, quando o segurança nos veio acordar e dizer que não podíamos estar ali a dormir.



Foi a nossa experiência máxima como mendigos (ahah!).

08 Novembro, 09 - Das 7.30h até ás 9h ficámos pelo metro a ver quem passava, e às 9h saímos para ir conhecer Oslo.
Em cerca de 2h e pouco, vimos o que aparecia no mapa como importante e fomos tratar de comer qualquer coisa.



Bem, o mais baratinho ainda era o McDonalds - pouco mais de 10€ um menu normal. Depois de comer comprámos os bilhetes para voltarmos para Torp - Sandefjord (aeroporto). O Tiago disse que ia apostar em ir de novo à boleia, e ficou por Oslo. Aconteceu-lhe quase o mesmo que a nós: a primeira boleia 'enganou-o' e levou-o só por 20km. Aí teve que sair e pedir boleia outra vez, até que apareceu a polícia. Perguntou-lhe o que é que ele estava ali a fazer e ele lá se explicou (e a pensar que eles lhe iam dar boleia!) mas não, só queriam ver a identificação. Mais tarde, lá arranjou boleia para o aeroporto, com um rapaz que vivia do andebol.
Passámos a tarde toda no aeroporto até ao voo que era às 20.25h. A passagem no detector de metais e no raio-x, desta vez, foi bem atribulada. O Smile, trazia água (lá ficou a água em terra) e a Nicollini trazia uns chocolates (mas puderam seguir viagem). O Luis, conseguiu ser apanhado. Tanto quis esconder uma pomada XPTO, que o detector de metais apitava sempre que ele passava. Ele bem tentou disfarçar a dizer que era das calças, mas ele tinha era uma pomada escondida nos boxer's (ahaha! Só ele!!) O segurança lá foi um porreiro e disse para ele não voltar a fazer daquilo (mas para mim, eu acho que ele fez de propósito para ser apalpado pelos seguranças! haha!).



Para continuar naquela onda das boas noticias, o comandante do avião, minutos depois de ter descolado, estava a informar-nos via 'rádio' que se tinha enganado na trajectória, mas que já tinha encontrado a trajectória correcta!
Chegámos ao aeroporto de Praga e apanhámos um autocarro (de borla, porque já estamos habituados) que nos levou até ao metro, e do metro fomos até à estação mais próxima do nosso hostel. Pelo caminho deixámos o Tiago no aeroporto, que através do 'CouchSurfing' arranjou casota, e o Luis e a Nicollini foram para um hostel diferente. Saímos então na nossa estação e de novo com o GPS na mão e à chuva, fomos à procura do nosso hostel. Já perto da rua do nosso hostel, abrigámo-nos num sítio, mas rapidamente fomos corridos dali, aquele sítio era de uma 'menina'. Chegou lá, e mandou-me com a carteira para sair dali (Praga, é conhecida como a capital porno!).
Encontrámos então o nosso hostel: Crib 15 (mais parecia um bordel, por fora). Entramos e o recepcionista era um bicha do pior, tinha os tiques todos! Lá tivemos que deixar mais 125cz (5€, nem sabemos bem porquê, mas pronto, as gorjetas tinham que aparecer!). Enquanto fazíamos o check-in, ouvimos dois estrondos que vinham do lado da porta, espreitámos, e eram 4 indianos. Um deles, estava todo bêbado estatelado no chão do hostel, o outro, também todo carregadinho a tentar levantá-lo, ia caindo também. Lá o conseguiram por de pé. O último a fechar a porta, era um autêntico Bin Laden, cheio de barba, só se viam os olhos (começámos logo a pensar que, mais uma vez, tínhamos acertado em cheio!). Pousámos as malas no quarto e vimos que já lá estava alguém, um americano (pelo menos, a mochila dele estava lá!).
Saímos para irmos comer qualquer coisa, e assustámo-nos com a noite de Praga. Era só indianos nas ruas, e os pretos eram carraças autênticas atrás de nós para nos levar para os Cabarets:



(só que nós ainda tínhamos a outra aventura em Cracóvia bem presente, pelo que não arriscámos haha). Fomos ao KFC comer e voltámos para o hostel.

09 Novembro, 2009 - Acordámos, e já havia mais uma mala no quarto, mas nem sinal do americano. Fomos até ao supermercado e de novo, mais uma gorjeta: comprámos pão que era tão estaladiço que nem dava para abrir para meter o queijo, e o queijo, estava tão fatiado que mais parecia uma bola de queijo limiano.
Depois do pequeno-almoço e almoço (tudo na mesma refeição - pão com queijo!), fomos à descoberta de Praga. Por várias vezes nos tentaram vender droga (marijuana, ax, cocaína...).





Eram 4h da tarde, e já estava de noite, o que nos obrigou a parar a visita, mas mesmo assim já tínhamos conhecido metade de Praga. Fomos então dormir um bocadinho para fazer tempo para a hora de jantar, e quando a fome apertou fomos comer uma pizza.



No final do jantar, mal nos levantámos, os empregados foram logo a correr à mesa à espera da famosa gorjeta, mas desta vez não deixámos nada (normalmente deixamos 1cent, mas a crise está a chegar aos nossos bolsos! haha).
Chegámos ao quarto e a dona da segunda mala ja lá estava a dormir, uma mexicana (que ressonou que se consolou!). O americano, ainda não tinha dado sinais de vida!

10 Novembro, 2009 - Depois de acordar e de comer qualquer coisa pelo McDonalds, fomos nós à descoberta do resto de Praga.



Chegámos ao Castelo, e lá, vimos o monumento a quem as pessoas mais tiravam fotografias:



No Castelo, a paisagem era assim:



Depois de um jantarzinho no sítio do costume (McDonalds!), lá nos conseguimos perder à procura de um bar que o Tiago dizia que era porreiro.



E depois no caminho para casa, voltámo-nos a perder, mas lá chegámos ao nosso hostel.

11 Novembro, 2009 - Tivemos que acordar mais cedo, para fazer o check-out antes das 11h, e o que é certo, é que a folha do americano dizia que ele também saía no mesmo dia que nós, e nem sinal dele (o mais certo, é ele ter ido aos cabarets e olha, ficou por lá! ou provavelmente, estava enfiado numa valeta!). Imaginem qual foi o último monumento que fomos ver? O Shopping! (o último!! haha). Fomos almoçar ao KFC, e depois fomos até ao centro. Literalmente, o que fizemos no centro durante quase 1h, foi apreciar a vida dos cavalos que andam a transportar os turistas!



O tempo passou e voltámos para o aeroporto de Praga. O voo era às 18h e às 17h ainda ninguém sabia do Luis e da Nicollini (normal!). Começámos até a fazer apostas entre os 4, das horas a que eles iam chegar. Ganhou o Tiago que disse 17.18h (2min antes do check-in fechar!). Mais uma aventura, O Luis minou de tal maneira as mochilas que ao fazer o check-in, a mulher disse que eles tinham que pagar porque as mochilas eram muito grandes e não sei mais quê. O que é certo, é que o Luis lá deu a volta de tal maneira à situação que lá passaram as duas mochilas como sendo bagagem de mão.
Desta vez sem desvios na rota, chegámos ao fim de 1.40h ao aeroporto de 'Oslo' (Torp, Sandefjord).
Bem, sem aventuras nesta estadia no aeroporto de Oslo, ficámos lá a dormir, ou a tentar.



12 Novembro, 2009 - Fomos acordados pelo aspirador do aeroporto, que mais parecia um avião a aterrar ali ao nosso lado. O Tiago ainda foi pedir boleia para ir conhecer outra terriola, mas passados 5min ele estava de volta, a dizer que era impossível com aquele frio. O tempo foi passando, e nós tínhamos que arranjar alguma coisa para fazer: metemos uma garrafa de água que andava por lá perdida dentro da mochila do Luis, para detectar no raio-x e ele ser chamado para abrir a mala. A meio da tarde, procuramos a garrafa, e a garrafa de água já não estava na mochila do Luis. Pois, ele armou-se em fino e descobriu, e nós voltámos a meter outra garrafa lá para dentro. Na hora do check-in, a nossa cúmplice (a Nicollini) deve-lhe ter dito, e ele voltou a tirar a 2ª garrafa, e disse que a 1ª já estava na mochila do Tiago. Pronto, lá foi o rapaz chamado à parte para ir mostrar o que tinha na mala, e ele sem saber. Saiu de lá a garrafa de água que nós pusemos na mochila do Luis, e ele depois meteu na mochila do Tiago.
Levantámos... aterrámos... e voltámos para a nossa residência ao fim de 5 dias de viagem.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Aventuras em Cracóvia

Os dias que passaram, continuaram a seguir o mesmo plano do custume... dormir, comer, dormir, sair, dormir, aulas, dormir...! haha

31 Outubro, 2009 - Desta vez, viajámos os 6 (Luis, Nicollini, eu, Smile, Ruben e Tiago). Às 2h da manhã foi a hora a que apanhámos o comboio e qual não é o nosso espanto quando vemos que o comboio já vinha à pinha!? Bem, lá andámos com as tralhas às costas de um lado para o outro do comboio até que descobrimos uma cabine de 6 vazia. Ui, mas não era uma cabine qualquer, era demais para nós, bancos individuais, ar condicionado, electricidade... muito luxo. Pois, esse sonho durou 4h, que foi quando apareceu o segundo pica, e nos tirou delá, porque aquilo era 1ª classe e estava reservado (ahaha! os verdadeiros mitras!).



Bem, o comboio estava cada vez mais cheio, o que nos deu o belo do lugar no hall da carruagem. O Ruben encostou-se a uma porta que dizia WC, mas só depois de tentarmos abrir e virmos que não devia ser. Passado quase meia hora, a porta a que o Ruben estava encostado abriu-se e saiu delá um homem (devia estar mesmo aflitinho!). Lá optámos por ir procurar um lugar decente nas cabines, mas para isso tivemos que nos separar em 3 cabines diferentes.
Ao fim de 7h e pouco de viagem chegámos a Cracóvia. Onde é que nós entrámos primeiro? É verdade, mais um shopping! Praticamente a estação ficava dentro do shopping (haha)! Depois de darmos os primeiros passos em Cracóvia os primeiros grupos de pessoas por quem passámos eram portugueses. Já fartos de ouvir portugueses fomos directos ao hostel para pousarmos as malas. Ainda se lembram da rapariga que o Tiago pediu ajuda na estação em Varsóvia? Ela deu-lhe 'abrigo' em casa dela, lá em Cracóvia. Só nós os 5 é que ficámos no hostel.
Como não tínhamos o quarto antes das 14h fomos comprar os bilhetes para Auschwitz. Passámos todo o dia, praticamente, nos campos de concentração, a ouvir histórias, a ver fotografias e vídeos e a conhecer um pouco mais do que ali se tinha passo.



Sem sabermos ao certo onde apanhar o autocarro, decidi perguntar e a guia lá me disse que era um que estava à nossa frente. Começámos a correr, mas não foi suficiente, já não apanhámos aquele. Tivémos que ir para outra paragem para tentarmos apanhar outro autocarro. Chegamos lá à paragem e quem está lá? Mais portugueses. Lá apanhámos um autocarro que por lá passou, mas pelos vistos não era bem aquele, porque o caminho de volta que era suposto fazer em 1h, fez em quase 2h. Parava em tudo que era esquina.
Depois de 2h de viagem, fomos de novo ao shopping para comer qualquer coisa. Não queríamos ir outra vez ao McDonalds, por isso, andámos a ver o que nos 'ofereciam' nos outros. É obvio que acabámos por ir ao McDonalds (enquanto o Tiago estava em casa da amiga a comer do bom e do melhor!). Logo depois do jantar, fomos descansar para o hostel e delá não saímos.

01 Novembro, 2009 - A nossa estadia no hostel, incluía o pequeno-almoço, por isso fizémos uso dessa oferta. Aliás, usámos e abusámos (ahah).
Já com a barriga bem atestada, fomos então conhecer Cracóvia. Conhecemos as 'pombinhas da catrina:



...o homem que perdeu a cabeça:



...entre outras coisas.
Já com a cidade corrida de uma ponta à outra, decidimos andar num daqueles guias eléctricos. Como verdadeiros tugas, conseguimos regatear o preço de 220zl para 160zl. O eléctrico tinha a opção da explicação em português, mas era um português um bocado 'pretoguês'. Aconteceu por exemplo, 'à sua direita está o museu dos...' ... e na verdade era à esquerda, mas pronto, são pormenores que não podemos reclamar depois de baixar 60zl (haha).



Finalmente, depois de conhecer um pouco mais da cidade, fomos almoçar. Não, desta vez não houve McDonalds para ninguem. Fomos a um restaurante turco. E melhor, fomos jantar a um restaurante georgiano, e na mesa ao lado estava um brasileiro que era professor de capoeira lá em Cracóvia e que logo nos convidou a irmos experimentar.
E agora sim, a nossa verdadeira aventura em Cracóvia. Depois de jantar, fomos à procura de um barzinho ou um café para nos sentarmos um bocadinho a relaxar. Íamos nós (Eu, Ruben, Smile) na praça central à procura do que tivesse com melhor ambiente, e passaram por nós duas raparigas e disseram 'hello'. É claro que não fomos mal educados, e respondemos. Mal sabíamos o que tínhamos acabado de fazer. Perguntámos onde é que era o melhor bar para ir àquela hora e elas disseram que tinham estado num, que estava muito fixe, só que só iam comprar cigarros e já voltavam para lá. Lá se interessaram de tal maneira me nos levar ao famoso bar, que esqueceram os cigarros e foram-nos mostrar onde era. A meio do caminho, o Ruben ficou a saber de onde elas eram e só disse, 'Eu não falo com elas, elas são daquelas...'. Eram da Letónia (capital do Porno)! Elas sempre a perguntar de onde eramos, o que estávamos a fazer, onde estávamos a passar a noite... etc etc. Chegámos então ao bar (saXon - era o nome)... ficava num sítio um bocado manhoso, mas mesmo assim fomos. Entrámos e o bar estava vazio! Sentámonos nas mesas e elas sentaram-se também na mesma mesa que nós, e em segundos a empregada apareceu logo a perguntar o que queríamos beber. A empregada praticamente vinha praticamente sem roupa, para o que era suposto ter. Eu a partir daí comecei a achar tudo muito estranho. Ela deu o menu ao Ruben, e ele escolheu uma cerveja, eu fui atrás da escolha dele, e o Smile também. As outras duas personagens da Letónia pediram dois cocktail's XPTO's. Quando a empregada virou costas eu peguei no menu para ver as bebidas. FUCK! Tínhamos acabado de pedir uma cerveja, que custava 50zl (12,5€!!!), mas pronto o mal já estava feito. O Ruben já se tinha apercebido que elas não interessavam a ninguem, e eu já estava a desconfiar daquele ambiente todo, e comecei a escrever uma mensagem ao Luís a dizer onde estavámos, e caso demorássemos para ele nos ir lá buscar. A conversa delas, depois de verem as cervejas em cima da mesa foi: 'a cerveja não é bebida de noite, vocês precisam é de vodka'. Entretanto vieram os cocktail's delas e a conta. A empregada entrega a conta ao Smile e ele assusta-se! E eu achei estranha a reacção do Smile e parei de escrever a mensagem! Ele vira-se para a empregada e disse que pagava as cervejas, e não o resto. Eu ainda sem perceber porque é que ele tinha dito aquilo, pedi-lhe a conta: 1010zl !!! (252,5€) E as raparigas começaram a empurrar a conta para nós, a dizer que eramos cavalheiros e que tínhamos que pagar tudo. Nós insistimos a dizer que só pedimos três cervejas, e que era aquilo que íamos pagar. A empregada vira-se: mas vocês estão na mesma mesa, alguém se tem que responsabilizar pelo pagamento. Nós já a ver a nossa vida a andar para trás virámonos para as raparigas mais do que uma vez a dizer que só pagávamos a nossa parte. Elas começaram a tentar negociar, do género, metade-metade. E nós não nos mostrámos flexiveis e só queríamos pagar a nossa cerveja. Como nada se resolvia ali na mesa, 'nem sim nem sopas', pedi para falar com a gerente. Assim que me levantei para ir falar com a gerente, o Smile e o Ruben levantam-se também, e as outras duas vieram atrás. O segurança ao ver aquilo foi logo para as escadas para ninguém sair dali sem pagar. Contei o que se estava a passar à gerente, e ela vira-se para mim a dizer que tínhamos que pagar porque estávamos na mesma mesa que as raparigas. Eu continuei a dizer que não, não íamos pagar nada delas porque nem sequer as conhecíamos. Já estava a ficar farto daquilo e mais uma vez 'nem sim nem sopas'. O tempo passava e eu só dizia que não pagava nada delas. De uma das vezes que disse que não pagava, uma delas vira-se para a gerente e disse para ela não se acreditar em mim, porque eu era marido dela e estava a mentir. Depois de ouvir aquela miserável a dizer aquilo, disse que era de Portugal, tinha ali a minha identificação e queria que chamassem a polícia. Quando ouviram falar em polícia, desde logo uma delas disse que pagava e que nós só precisávamos de pagar a nossa parte mas tínhamos que sair da frente dela. E nós assim fizémos, pagámos a nossa parte 150zl, e fomos embora. Só que eu quis esperar que elas saíssem para lhes fazer umas perguntinhas (e espancá-las!). Elas passado uns minutos saíram e disseram: 'No money, no funny. No money, no fuck!'. Resumindo: elas estavam feitas com o bar, não pagaram nada, e muito provavelmente aqueles preços foram feitos para nós, porque o recibo vinha passado à mão. Foi a pior gorjeta desde que cá estamos na Polónia! E bem que nos saiu cára a brincadeira!



Depois deste episódio fomos para o Hostel e lá encontrámos mais portugueses. Estivémos à conversa algum tempo, e depois quando fomos para cima para os quartos, o Smile e o Luís, com os outros portugueses, passaram na cozinha e limparam o que puderam (1 pão de forma, 1 faca, 1 pacote de açúcar, 1 pacote de cereais). Só não trouxeram mais porque entretanto o segurança apareceu e cada um fugiu para o seu quarto.

02 Novembro, 2009 - Bem, graças a ter sido o último a tomar banho, e ao 'roubo' da noite anterior, quando cheguei à cozinha para comer o pequeno-almoço já não tinha nada (ahah).
Fizémos o check-out e fomos à procura dos souvenirs. Entretanto num dos mapas vimos que ainda não tínhamos nenhuma foto no símbolo da cidade, então fomos à procura dele para tirarmos uma foto:



Mais uma vez, no comboio, tínhamos duas pessoas nos nossos lugares reservados. De imediato elas sairam e nós por lá ficámos. Ao longo das 8h de viagem o Tiago conseguiu fazer mais umas poucas amigas que por lá se sentaram na nossa cabine (a cabine era de 8, nós ocupávamos 6 lugares). Já não bastava a viagem ser longa, houve alguém que decidiu puxar o alarme de emergência e o comboio parou do nada, o que possibilitou um atraso de 40minutos! Chegou-se ao ponto em que o Tiago andou a dançar 'Buraka Som Sistema - Kalemba (Wegue Wegue)' em cima do banco do comboio.
E foi assim mais uma viagem.

Esta semana é Oslo e Praga :D

Viagem a Varsóvia

Ora bem, é verdade que os dias passaram muito rapidamente, e, por isso, as histórias também são poucas. Nestes dias que não são mencionados, ocupámos o tempo da seguinte maneira: 50% dormir; 25% internet; 10% comer; 7,5% noite; 5% shopping; 2,5% aulas.

24 Outubro, 2009 - A Nicollini fez anos, e o pessoal de Erasmus juntou-se e cantámos-lhe os parabéns em várias línguas.



Passado umas horinhas dos festejos, partíamos nós os 4 (Eu, Ruben, Smile e Tiago) para Varsóvia. Eram 6 da manhã:



Dentro do comboio, não se passou nada de importante visto que cada um foi a roncar para seu lado. Tirando a parte em que o Tiago ia sempre a dormir para cima de uma rapariga até que ela se levantou e veio para o hall do vagão e veio o resto da viagem a pé. Em 3h e pouco de viagem pusémonos em Varsóvia, a capital. Saímos da estação, um pouco à nora, como já é costume, e qual foi o primeiro 'monumento' que vimos? Um shopping! (ahah), ora bem, um dos primeiros objectivos estava cumprido: conhecer um shopping. Após uma volta ao edíficio central, decidimos ir até ao Hostel. Pois, mais uma tarefa complicada, não sabíamos onde estavamos e para onde tínhamos que ir. Lá encontrámos um mapa, e fomos na única linha de metro que havia para aquela zona. À saída da estação do metro, o problema repetia-se: esquerda? direita? em frente? Lá optámos por apanhar um taxi, porque estávamos perto, não ia ficar caro a dividir pelos 4. O taxista lá nos levou até ao destino, e eu contei os KM, tinham sido 3... ou seja, a 2,20zl o km dava 6,60zl... pois, como não falávamos a mesma língua que ele, ele lá nos cobrou 15zl. Começavam cedo as 'gorjetas'.
Ao entrarmos no Hostel, mandamos o Tiago esconder-se lá na esquina, enquanto faziamos o Check-In. Só tinhamos feito a reserva para 3 e íamos tentar que o Tiago entrasse para o nosso quarto, mas como vimos que o Hostel APARENTAVA (depois vão perceber porquê o CAPS) ter alta segurança, decidimos fazer as coisas direitinhas e pedir um quarto para os 4.
Cansados da viagem, e ainda só com as horas da viagem de sono, ficámos a dormir um bocado pelo Hostel antes de irmos conhecer a cidade. Quando fomos conhecer a cidade entrámos num autocarro e por lá fomos à procura da melhor paragem para sairmos. Ao fim de algum tempo dentro do autocarro, e depois de dizermos umas asneirolas valentes, em português, para ninguém nos perceber, disse ao Tiago para perguntar à rapariga que ia ao lado dele o nome da paragem em que devíamos sair, e ela lá lhe respondeu. Quatro paragens antes da nossa, a rapariga quis sair, e como o Tiago estava à frente dela, ela vira-se para ele e diz: 'Com licença'! O Tiago parou logo, e começou a falar com ela em português. Ao vermos o Tiago a falar com essa polaca começámos logo com as nossas bocas: 'Ui, o Tiago já fez mais uma amiga' (Smile), 'E ri-se toda tola' (Eu). É claro, que nós ainda não sabíamos que ela falava português, até que ela vira-se para nós: 'Têm que sair daqui a 4 paragens. Adeus'! Se houvesse ali um buraco, era onde nos tínhamos enfiado (ahaha).
Depois de mais um episódiozinho, lá saímos onde ela nos disse e fomos até ao posto de turismo. Delá trouxemos algumas recordações que 'caíram' no bolso sem ninguem ver.
Estava a ficar tarde, e a fome já se fazia sentir. Fomos então comer a uma pizzaria. Mal entrámos, o Ruben assustou-se, quando viu um cão a comer à mesa com os donos. Lá o conseguimos convencer a comer naquela pizzaria, mas ainda nos rimos à conta do cão à mesa. Pois bem, depois de comermos tranquilissimos as pizzas e as lasanhas, a conta veio para a mesa. Até aqui tudo bem. Cada um sabia o que tinha consumido, cada um fez as contas e pôs o dinheiro certo no prato. Após duas ou três contagens, o dinheiro continuava a não bater certo com o preço total. Depois de vermos com mais calma o talão, vimos que tinha lá um truque qualquer que dizia que se a conta passasse os 50zl, era acrescentado 10% ao preço final - a famosa da 'gorjeta' - 11,2zl!
Saímos da pizzaria e fomos tentar ver mais alguma coisa da cidade, mesmo já estando de noite e a chover. Já tinhamos visto a parte mais antiga do centro e queriamos ir ver a parte mais recente, só que não sabíamos por onde ir. À saída de uma igreja, vimos uma rapariga, e fomos até ela para lher perguntar onde era, e como podíamos ir para a parte nova. A reacção dela foi simples, depois de ver 4 rapazes, com o capucho na cabeça e a ir em direcção a ela, meteu a mão à carteira e pôs-se a andar dali (ahaha).
Cansádos já de apanhar chuva, decidimos ir para um sítio abrigado: SHOPPING! E mal nós sabíamos que conseguíamos secar a roupa de borla, no ar condicionado! (ahah, o típico tuga que se desenrasca em qualquer lado).



Depois da roupa estar apresentável fomos até ao Hard Rock Café, e delá fomos para o Hostel.
Lembram-se do nosso medo quanto à segurança? Estavámos muito enganadinhos. Simplesmente, chegámos ao hostel, pedimos a chave a um recepcionista diferente, e ele sem pensar duas vezes deu-nos a chave! (ou seja, o Tiago bem que podia ter entrado sem ninguem dar conta e tínhamos ido para um quarto mais pequeno e mais barato. As gorjetas no seu melhor :D).

25 Outubro, 2009 - Depois de fazermos o check-out no hostel, e sem tomar o pequeno-almoço, vimos que havia uma máquina de chocolate quente, café, capuccino... etc. Bem, aquilo estava tudo em polaco, lá tentámos perceber o que cada coisa significava. Mais uma ideia de cacá! É claro que saiu asneira. O que nós pensávamos que era o botão do açúcar, era o botão da temperatura. O meu chocolate quente quase derretia o copo (ahah). Ao fim quase de 5minutos a deixar aquilo arrefecer lá consegui beber, e logo aseguir entrámos no autocarro para irmos conhecer o mesmo da noite anterior, mas agora de dia. Desta vez, em vez de sairmos na mesma paragem, decidimos parar umas mais à frente, e depois fazer o caminho todo para trás a pé. Chegámos à paragem que devíamos sair, e íamos todos distraídos, até que eu e o Smile nos levantámos a correr e gritámos para os outros dois para sairem. Conseguimos sair os dois... e o Tiago. O Ruben tinha ficado preso no autocarro. Porquê? Porque o Tiago levantou-se e parou em frente à porta à espera que ela se abrisse sozinha, e o Ruben ao ver e como estava por trás dele, carregou no botão. Só que com aquele impasse todo, só deu para sair um, e o Ruben quando ia para sair as portas fecharam-se e ele continuou até à outra paragem, e nós esperámos por ele no mesmo sítio.
Voltámos a fazer o percurso todo só que desta vez a pé, deu para conhecer um pouco mais de Varsóvia.



Depois de tudo visto, voltámos para os lados do shopping e da estação, para o Tiago puder comprar o bilhete de comboio para regressar a Poznan. Sim, porque ele decidiu às 2h da manhã ir connosco para Varsóvia no comboio das 6h da manhã. Mais do mesmo, na estação a senhora não sabia falar inglês, então ele pediu à rapariga que estava atrás dele para o ajudar a traduzir para a senhora entender o que ele queria. O mesmo será dizer que ele arranjou mais uma amiga, e pediu-lhe logo o número de telemovel e ficou a saber que ela era de Cracóvia.
Ora bem, já fartos de fast-food, tentámos procurar no shopping alguma coisa diferente: asneira! Somos demasiado fiéis ao McDonalds (ahah), mas como não havia, fomos ao KFC. Enquanto eu e o Smile comemos no KFC, o Ruben e o Tiago queriam algo diferente, então foram ao 'Subway' (uma espécie de casa das sandes). Mais valia terem ficado quietinhos e terem vindo comer connosco, além de o Ruben ter pago 14zl a mais sem explicação (gorjeta!) o Tiago pediu uma sande de frango, que vinha sem frango (ahah).
Já com a barriga cheia, fomos então para a estação para apanharmos o comboio. Desta vez tinhamos lugares marcados, e lá fomos nós à procura deles. Chegámos aos nossos lugares e estavam ocupados por um casal com um filho. Tentámos perceber o que se passava, e a senhora dissenos que tinha feito confusão nos números mas que os lugares dela estavam vagos e que podiamos ir para lá. Sentímo-nos mais aliviados assim porque não iamos com o 'puto' ao nosso lado. Cagada feita! Não íamos com o puto, mas tínhamos outra prenda nos outros lugares: um boxer que ia deitado e ocupava todo o chão da cabine. O Ruben mais uma vez viu a vida dele a andar para trás (ahah). A senhora que tinha feito a confusão perguntou-nos se podíamos ficar lá para não ter que andar com as malas outra vez de um lado para o outro. Tivémos que mentir, tivémos que dizer que o Ruben era alérgico a cães e que não podia ficar naquele lugar. A senhora lá compreendeu e mudou, e nós fomos para os nossos lugares para dormirmos mais umas horinhas valentes.

quarta-feira, outubro 28, 2009

'Sensation - Wicked Wonderland' / Wroclaw

03 Outubro, 2009 - Estávamos nós de partida para Wroclaw, para um fim de semana que pensávamos que ia ser fantástico. Pois bem, nada disso aconteceu! A sorte continuou connosco (ahah!).
Nesta viagem fomos os cinco e antes de entrar no comboio, ainda tentámos confirmar qual das linhas era, mas mais uma vez quem nos atendeu nas bilheteiras não nos conseguiu falar em inglês. Mesmo à entrada do comboio estava o pica, e para não cair no mesmo erro da outra vez, perguntámos se tínhamos lugares marcados. Mais uma vez o inglês não foi suficiente, mas nada que não se perceba por gestos - ele simplesmente nos mandou entrar!
Começámos a viagem sozinhos numa cabine de 8 pessoas. E de onde a onde entravam sempre pessoas, mas reparámos que pouco tempo aguentavam por lá. O truque era falar em português, que as pessoas simplesmente se levantavam e saiam da cabine! Até que, imaginem só, o Luis fez mais um amigo, e esse sim, aguentou até ao final da viagem lá sentado. Este amigo do Luis era um tanto ou pouco estranho, tinha uma camisola escrita em Árabe, dizia que era professor e quando mostrou o cartão, era um simples cartão de estudante. Lá nos contou a vida toda dele de trás para a frente, falou tudo que havia para falar sobre a história da Polónia e vizinhos, resumindo, graças ao Luis, ninguém dormiu nesta viagem.
Depois de 3h de viagem de comboio, chegámos então à estação de Wroclaw e o amigo do Luís saiu connosco e tentou ajudar-nos a procurar o Hotel reservado pelo Luis. O amigo do Luis tinha um amigo à espera dele na estação, e eles lá nos ajudaram a ir até ao Hotel que ficava a 2min da estação. A única palavra que eles sabiam dizer em português era 'foda' (muitos filmes, diziam eles!). Nesses 2min que andámos, reparámos que aquela cidade nada tinha a haver com Poznan. Havia mendigos por todo lado, as pessoas não eram tão simpáticas, sei lá, era outro mundo.
Num instante encontrámos o Hotel, e rápido se fez o check-in e fomos à procura do quarto. Foi aí que começou a verdadeira aventura. Como não conseguímos encontrar o elevador, fomos pelas escadas. Subimos então 4 andares (à procura do 402) e quando abrimos as portas dos corredores foi um choque. Primeiro, estávamos ainda no 2º andar e segundo, o Hotel estava todo velho, todo cheio de remendos nas paredes, porque estava em obras. Pensámos, bem, secalhar o 4º andar está bom! Mais uma vez estávamos enganados. Aquilo de Hotel não tinha nada! Tivémos que atravessar o Hotel de uma ponta à outra para conseguirmos encontrar o quarto, ficava no último corredor. Até ao quarto tivémos que passar por inúmeras portas, desvios, obstáculos, eu sei lá. Entretanto chegámos ao quarto, e quem é que ainda vinha connosco? Os dois amigos novos do Luis (ahah). Fizeram questão de ir para dentro do quarto e tudo:



Entretanto lá prometemos enviar-lhes esta foto e eles desapareceram (até hoje ninguem enviou a foto!). Bem, o quarto não era muito mau, até que fomos à casa de banho. A casa de banho era mesmo o degredo, o autoclismo da sanita era de puxar um fiozinho acima da cabeça (à primeira utilização entupiu logo!),



...a torneira do lavatório saia fora, a banheira não tinha nenhuma cortina por causa da agua... Conhecido o quarto decidimos ir até ao sítio onde ia ser o 'Sensation'. Foi mais um filme para sair do Hotel. Enganámonos nas escadas, fomos ter à cave que cheirava mal como tudo e tinha uma porta de emergência por onde começámos a sair para um pátio exterior, e por sorte o Ruben ficou a segurar a porta, porque o pátio não tinha saída nem a porta ia abrir por fora. Lá voltámos tudo para trás e encontrámos as verdadeiras escadas. O Hotel tinha também uma particularidade além das escadas sem saída, 50% das portas abriamos e era parede do outro lado (ahah!).
Saímos então do Hotel e fomos até à paragem do eléctrico. O que é que nos acontece? Parámos num vermelho para peões na passadeira, assim num sítio mais manhoso, e de trás de um barraco saíram 4 sem abrigo em direcção ao Ruben que tinha a bolsa com o dinheiro e telemovel à mostra. Os 4 lá o cercaram, e ele disse que não falava polaco, só inglês, e 1 dos 4 começou a falar com ele em inglês a pedir-lhe dinheiro (parece impossível que ninguem fala inglês, mas os sem abrigo falam!). O Ruben disse que não tinha nada e o homem lá começou a cantar: 'You are a liar, i don't believe in Jesus, and i don't like you, i don't like you, i don't like you' (a verdadeira da serenata! haha). Depois de cantar, vira-se a apontar para os outros 3 que estavam com ele: 'is my friend, is my friend and is my friend'. Quando olhámos para ver melhor, um deles tinha uma daquelas protecções do pescoço e nem se mexia, os outros eram outras duas personagens e o que estava a falar tinha a cabeça rachada e com sangue. Isto tudo enquanto esteve vermelho para os peões. Entretanto ficou verde e passámos para o outro lado e eles nem se mexeram. Baptizámo-los de 'Piratas das Caraíbas' (ahah! eram parecidos!).
Estávamos então numa nova cidade e o problema mantinha-se: não temos bilhetes do eléctrico, nem do autocarro. Mas também nunca foi isso que nos impediu de andar, por isso lá fomos nós até ao sítio que queríamos.
Não se via nada de publicidade do 'Sensation' nem muita gente vestida de branco, e os que estavam normalmente eram grupos de gajos que o aspecto deixava algo a desejar.
Conhecido o sítio, voltámos para o Hotel (eu, Ruben e Smile) para descansarmos um bocado e o Luis e a Nicollini foram conhecer melhor a cidade. O tempo passou e lá nos tivémos que arranjar para irmos todos de branco:



Quando íamos a sair, lá nos lembrámos de fazer alguma coisa ao quarto - tirámos os colchões das camas e escondemos, e voltámos a pôr os lençois todos direitinhos. (mais tarde viémos a saber que eles se mandaram para cima da cama, e sentiram aquilo muito rijo e ainda partiram uma das ripas de madeira do estrado ahaha!)
Saímos do Hotel e fomos para o 'Sensation'. Ainda antes de entrarmos lá vimos uma ou outra rapariga que praticamente não levavam roupa, e nós logo a pensar, bem, isto vai ser um mundo! Guardámos as roupas e lá fomos nós para o recinto. O sítio onde foi o sensation era um lugar de ópera, e era um círculo ao meio, e a toda a volta havia tipo um corredor. Entrámos 1h antes das portas da pista principal abrir então fomos até a uma primeira porta - Red Tent. Aí começámonos a aperceber que alguma coisa estava errada. As raparigas, eram do mais oferecidas que já tinhamos visto, e os rapazes eram raros aqueles que podiamos dizer que eram magrinhos ou pequeninos, a maioria era tudo gajos que metiam respeito. O tempo passou e as portas abriram. Lá fomos nós até à bancada que por lá estava e sentámonos à espera que o espectáculo começasse. Continuavamos incrédulos! As raparigas pouca roupa ou nenhuma tinham, e os gajos que tavam com elas não eram 'meninos' nenhuns. Entre alguns assobios lá surgiu o famoso 'Welcome, to the Sensation'´(eram 22h, e até ás 6h,7h a música não parou).



Com o passar do tempo, fomonos apercebendo do que se passava à nossa volta, e juntámos as peças que faltavam para o 'puzzle' bater certo. Aquelas raparigas que mal se vestiam, não eram nada mais, nada menos que 'meninas da rua', e os gajos que andavam sempre atrás delas a controlar eram os 'chulos'. Por várias vezes vimos os 'chulos' mandarem as raparigas irem-se meter com outros rapazes com a intenção de lhes cravar o 'serviço' (dinheiro!). Naquele corredor que vos falei ao inicio, passava de tudo. Raparigas em soutien, em cuecas, mas sempre com os 'meninos' atrás a controlar tudo. Aquilo era do género, os 'chulos' andavam a passear os 'carros' que tinham, para ver se alguém queria simplesmente dar uma volta ou comprar. Numa noite em que o Red Bull foi a bebida da noite, o mais impressionante que vimos foi, uma das raparigas estar a posar para o fotografo, e chega lá o 'chulo' e tira-lhe o soutien e manda o fotografo tirar mais fotos. 80% das pessoas que estavam lá dentro do 'Sensation' eram 'meninas' ou 'chulos'.



4 Outubro, 2009 - Foram horas e horas lá dentro, até que depois do show de Sebastian Ingrosso decidimos ir embora, porque já eram 5.30h e já estávamos cansados. Apanhámos então um eléctrico e fomos até ao McDonald's que já estava aberto. Chegámos lá e pedimos umas tostas para comer, e quando reparamos já lá estavam dois a dormir. Decidimos então ficar por lá a dormir nas mesas do McDonald's também (ao menos estava quentinho!), porque nós não tinhamos reservado hotel. Adormecemos uns minutos e reparámos que a polícia já lá andava a mandar embora alguns mendigos que por lá estavam a dormir fora, então decidimos ir até ao Hotel do Luis e da Nicollini, e como tínhamos visto lá naqueles corredores que falei, uns sofázinhos, pensámos em ir para lá dormir. Chegámos ao Hotel, e o segurança estava a dormir num dos bancos da entrada, e nós entrámos surrateiros e lá fomos até ao 4º andar. Pelo caminho passámos por um homem todo engravatadinho com uma malinha pequena que ia com uma rapaz, nem ligámos, mas ele ficou todo colado em nós. Lá nos arranjamos para ficar nos sofás a dormir, e o homem da malinha voltou a aparecer, mas desta vez com um velho, e entraram os dois no quarto ao lado do da Nicollini e do Luis. Passado uns segundos o homem da gravata estava cá fora e o velho ficou lá dentro com a mala e ouviam-se vozes. O homem da gravata enquanto esteve cá fora não tirou os olhos de nós, e andava de um lado para o outro. Eu estava com vontade de ir ao WC e sabia que havia um no 2º andar porque tinha visto quando nos enganámos ao chegar. Lá fui eu à procura do WC, e para verem como era confuso aquele Hotel voltei a ir ter às escadas sem saída. Lá dei com a casa de banho e voltei para cima. Ao voltar para cima, muitas coisas estranhas aconteceram: ouviam-se gritos/gemidos na maioria dos quartos, vi várias 'meninas' a entrar nos quartos, os lençóis de alguns quartos estavam postos à porta, no corredor. Cheguei lá acima e eles disseram que viram 'meninas' a sair dos quartos, e entretanto saiu o velho e o homem da gravata com a malinha de novo. Os gemidos ouviam-se em todo o corredor. Enfim, o Luis tinhanos metido noutra encrenca! Aquilo não era Hotel nenhum, era uma casa de 'meninas'! Mal nos apercebemos fomos logo bater à porta do Luis e da Nicollini. Eles lá abriram passado algum tempo e não se acreditavam naquilo que lhes estavamos a contar. Lá pedimos para dormirmos ali um bocadinho, e lá ficámos até às 13h a dormir no chão do quarto.



Fomos acordados pela mulher do Hotel, a dizer que deviamos ter saído uma hora antes e que só tinhamos 1min para sairmos do quarto, e o Luis que estava a tomar banho, a ouvir isso, começou a cantar: 'Chamem a polícia, que eu não pago!' (ahah! o verdadeiro quarto de malucos!).
Passados alguns minutos lá fizémos o check-out e fomos até ao Shopping (mais um que conhecemos!) para matar a fome. Como já estávamos fartos daquela cidade, fomos 3h mais cedo para a estação para tentar ir num comboio mais cedo. Eram 16.15h quando fomos atendidos no centro de atendimento, e a senhora depois de muitas voltas que deu com os papeis nas mãos, lá nos disse que a única hipotese que tinhamos era de ter apanhado o das 16h, ou seja, lá tínhamos nós que esperar até ás 19h! Para onde fomos? Dormir para o McDonald's!
Entretanto as horas passaram, e entrámos no comboio. Viémos os 5 mais um rapaz na mesma cabine, mas todos a dormir até Poznan.



Depois de vermos tal miséria em Wroclaw, foi a primeira vez que sentimos saudades de Poznan, e da residência (ahah!).

Já na residência, fomos até à net ver os comentários que havia daquele Hotel (como sempre, o que devíamos ter feito antes, fizémos só depois!). Os comentários diziam tudo e mais alguma coisa de mau daquele Hotel (Hotel Polónia), muitos até se queixavam de terem sido roubados lá dentro (até que nem tivémos muito azar então! haha).
Foi assim o nosso fim de semana em Wroclaw!
Coincidência ou não, tirámos esta foto quando chegámos ao Hotel. Tínhamos esta 'mensagem' mesmo em frente à janela. Na minha opinião, era um recado para o Luis (ahah!).

quarta-feira, outubro 21, 2009

Os primeiros dias em Poznan

24 Setembro, 2009 - Depois da primeira noite na residência, acordávamos e tínhamos esta magnífica paisagem:



(Isto significa barulho logo pela manhã como sabem!)
Saímos então da residência e fomos até à nossa Universidade. Fomos lá com o objectivo de falar com a Mrs. Malgorzata, que é a coordenadora dos estudantes de erasmus da Universidade (Akademia Wychowania Fizycznego ou AWF). Chegou então a nossa vez e entrámos no gabinete. Quando nos viu lá, Mrs. Malgorzata ficou admirada e em poucas palavras nos despachou até ao dia 6 de Outubro: 'I only want see you in 6th of October, in our meeting' (não nos podia ter dado melhor notícia!). Perguntou-nos qual dos tutores nos tinha ido buscar à estação. Bingo! Nenhum. Porquê? Porque era preciso tê-los avisado (daí a admiração dela). Lá conseguiu contactar um dos tutores (Karol) e dizer para ele se encontrar connosco na residência (por volta das 16h).
Depois de termos sido corridos dali voltámos para a nossa residência. Foi a primeira vez que a vimos por fora, de dia. Mais uma vez, sentimos que a sorte estava do nosso lado, ora vejam:



(De entre as três residências que tem aqui à volta, a nossa era só a pior!)
Eram 17.15h (a tal pontualidade que eles tanto dizem ter!) quando um rapaz bate à nossa porta (e nós a dormir!). Ficámos sem saber quem era, porque para nós Karol era uma rapariga. Sorte: é um rapaz! Começou por nos perguntar se queriamos net, entratanto surgiu o problema dos quartos. Nós queriamos ficar juntos, como na mesma porta havia um quarto de 2, e um de 3, a nossa intenção era ficarmos com essa porta ou 'apartamento' só para nós e ele disse que ia ver o que podia fazer por nós.
Depois de jantarmos no shopping voltámos para a residência. Pelo caminho passámos por isto:



Um metro que mais parecia o transporte do lar da 3ª idade, mas onde toda gente ia a 'curtir milhões'.
Logo nessa noite fomos à descoberta da verdadeira 'Noite' de Poznan. Depois de passarmos por mil e um bares, decidimos entrar num: o Czekolada! É claro, que como sortudos que estávamos, sabem o que aconteceu, certo? Fomos barrados! (ahah) Aparentemente faltávamos classe! (Não podiamos desistir, tinha sido só o primeiro que tínhamos tentado, haha!). Ainda a dizer mal da nossa sorte, passámos pelo CubaLibre, que era um bar que já tínhamos ouvido falar. Bem, desta vez, conseguimos! Entrámos! (ahah). Pelos dias acertámos mesmo no dia certo para lá ir ouvir boa música, só passava música polaca (nhac!) e de vez em quando uma latina. Para vos resumir a primeira impressão que tivémos foi: 'Mas que é isto?'. Respirar era quase impossível com o bafo que por lá estava, andar outra missão impossível, dançar só com os olhos... Ao fim de algum tempo a observarmos reparávamos que quem chegava primeiro, tinha a quem se agarrar (se é que me faço entender), tal era a oferta. E, visto que a noite aqui começa às 20h ou 21h, e termina às 2h, para nós também terminou bem cedo.
Voltámos para a residência, e foi mais uma noite nas condições da noite anterior.

25 Setembro, 2009 - Somos acordados pelo Karol, a dizer que tinha novidades em relação aos quartos. A troca ia ser possível, dependendo de outras inúmeras trocas de quartos. Nada feito! Quem podia trocar, não quis, e nós íamos voltar à mesma situação. Até que decidimos falar com os turcos (que não eram do agrado de muita gente) e como só estava um deles, ele disse que tinha que falar com o outro e que depois nos dizia alguma coisa. A resposta foi afirmativa, eles que estavam no 712, iam para o 610, a Nicollini e o Luís para o 712, eu, Ruben e Smile para o 711, só que nos pediram para não trocarmos naquele dia porque ainda tinham que arrumar as coisas. Conclusão, dormimos então no 610 de novo.

26 Setembro, 2009 - Enquanto esperávamos pela hora combinada fomos conhecer um pouco do centro, a praça principal: Stary Rynek. Quando chegámos à residência já andava a Nicollini a limpar (e o Luis, como sempre, a ver!). Nós, começámos também o processo de limpeza do quarto (que já não devia saber o que era uma limpeza hà uns bons meses atrás).




(Antes e depois!)
Como podem ver, do antes, para o depois, além de se notar a diferença na limpeza, apareceu ali uma cama. Pois, aquela cama, que o outro português levou para o outro quarto, era deste. Solução: ir ao 804 (quarto da Nicollini) buscar a cama dela. Tal e qual o serviço 'Moviflor':



(Isto tudo porque, para todos os efeitos a organização dos quartos era: 804 - Nicollini e uma francesa; 712 - Eu e Smile; 711 - Luis, Ruben e o outro portugues. Mas estava assim: 804 - só a francesa; 712 - Nicollini e Luis; 711 - Eu, Smile, Ruben; e o outro portugues no 710 com os outros. Só esquemas!)
Depois de tanta confusão de trocas e baldrocas, fomos de sair de novo à noite. O Ruben estava com alguns problemas sempre que ia ao multibanco, o cartão nunca era aceite. Nessa noite, e para confirmar que a sorte está sempre presente a qualquer hora da noite, eram 1.45h quando o Ruben tentou ir levantar dinheiro. Bingo! A máquina sem mais nem menos ficou-lhe com o cartão. Ora bem, para não bastar o cartão ter ficado na máquina, o menu de aviso, ou possivel aviso, estava em polaco (como é obvio percebemos tudo!). Sendo um Sábado à noite, nem no dia seguinte o podíamos ir buscar, e ele por lá ficou.

28 Setembro, 2009 - O Domingo passou-se sem grandes alaridos, e na Segunda demanha fomos logo ao banco onde o cartão tinha ficado na máquina. Lá nos explicámos e o cartão foi devolvido (até hoje, ele continua sem conseguir levantar um único zloty).
Do banco fomos até ao posto de turismo, onde conhecemos um verdadeiro poliglota. Lá nos falou em português como se nada fosse. Disse-nos que o símbolo da cidade eram as cabras (não aquelas que custumávamos ver à noite, não!) e que todos os dias ao meio-dia, elas apareciam na praça, como uma tradição.
Decidimos então procurar um sítio onde comprar os bilhetes para o 'Sensation - Wicked Wonderland' que ia ser em Wroclaw. Lá encontrámos o sítio para comprar, e à saída deparamo-nos com isto:



(pelos vistos, não somos só nós que andamos com sorte! Ainda oferecemos ajuda, mas o homenzinho não quis.)
Estávamos à 5 dias em Poznan, e quantos monumentos conheciamos? Zero. E shopping's? Dois! (ahah).

30 Setembro, 2009 - Lembram-se do símbolo da cidade? As cabras? Pois bem, decidimos ir vê-las! Levantámonos demanha cedo, eu, Smile e Ruben, e lá fomos até à Stary Rynek para ver as famosas cabritas. Eram 11.50h e nós já às voltas na praça à procura das cabras. Esperámos então pelo meio-dia em ponto. Ao meio dia, começamos a ouvir uma corneta, e pensámos: 'Bem, é agora que vêm aí as cabras. De que lado virão?'. A corneta continuava e nem sinal de cabras. Até que reparámos que estava muita gente a olhar para a varanda de um edíficio (que mais tarde viemos a saber que era a Câmara Municipal). Fomos em direcção à multidão para vermos o que se passava. Quem é que acham que surgiu? As cabras? Naaa, a nossa sorte. Não é que chegámos ao sítio onde estava toda gente a olhar para cima, e de um momento para o outro a corneta calou-se e toda gente deixou de olhar para a varanda e começou a dispersar? Resumindo: as cabras pelos vistos, são tipo um 'cucu' mecânico que aparece na varanda a dar as doze horas, e nós, à espera que elas fossem 'desfilar' à nossa frente (ahah! o que é certo, é que até hoje, ainda nao vimos cabras nenhumas, nem a 'desfilar' com o pastor, nem a sair da varanda).
Como nos tínhamos levantado cedo, estávamos cheios de fome àquela hora. Decidimos então ir até ao Stary Browar (um dos shoppings) comer qualquer coisa. Visto que não havia McDonalds, fomos à PizzaHut (tudo muito saudável portanto). Lá escolhemos os três esparguete à bolonhesa, e quando o empregado nos perguntou: 'small or big?', nós optámos todos pelo 'small' com medo que o 'big' fosse demasiado 'big'. Depois de algum tempo de espera, lá vinha o garçon com três pratões enormes. Logo cedo aquela euforia dos pratos grandes passou. O prato até era grande, mas o caganito de esparguete que trazia é que não ia com nada (dava quase para pôr dentro de um pão e fazer uma sande! haha). O que é certo é que aquilo voou num instante. Quando o empregado nos trouxe a conta vimos que ele tinha escrito em português: 'Muito Obrigado', e só por isso, levou uma gorjeta (crise? ahah).
Bem, tínhamos agora algum tempo disponível, que é que decidimos ir fazer? Vamos ao 'Factory' (mais um shopping que íamos conhecer ao fim de 7 dias). Andámos perto de 40 minutos a pé até lá chegar, já depois de termos andado 10 de metro. Fomos lá comprar a roupa para o 'Sensation'. Nem imagino o que é que pensaram de nós, três gajos a comprar três pares de calças todas brancas é um bocado estranho. Para virmos embora sem grande esforço, ainda tentámos o velho truque de esticar o dedo na beira da estrada, mas estavamos destinados ao fracasso e a caminhar mais 40 minutos.
Este dia foi mais uma das noites em que saímos os cinco. Começámos por ir ao 'Fever':



Fomos ao BuddhaBar:



Foi neste que conhecemos um grupo que por lá andava, também meio perdido. A única coisa que quero realçar é que o Luís fez um amigo para a vida: Jacek (o rapaz não pára de mandar mensagens ao Luís a dizer que se quer encontrar com ele. Nem mesmo com o Luís a dizer que namorava ele parou de tentar o encontro, daí ao Luís ter ficado em casa umas noites ahah). Nesse bar, o Luís ganhou um amigo, e nós ganhámos um quadro (que está agora a decorar as nossas paredes do quarto ahah). O Jacek lá nos levou para outro bar (Slodownia), mas avisou logo de inicio que aquele bar para onde nos estava a levar não tinha raparigas (um pouco estranho, pareceu-me!).
Já no fim da noite, pela primeira vez, o 'Homem-da-Bicicleta' meteu-se connosco (como podem ver!):



01 Outubro, 2009 - Organizámos o primeiro jantar no nosso 'apartamento' e convidámos outras duas portuguesas (a Carla e a Bruna). O que é certo, é que no final do jantar, pelo segundo dia consecutivo, o Luís tinha arranjado um amigo, que ninguém sabe de onde apareceu, quem era, o que é que queria, mas ele estava ali no nosso quarto, como se nada fosse:



Depois do jantar fomos então todos até ao Colloquium onde ia haver uma (suposta) festa de Erasmus. Pois, parece que só os portugueses é que se acreditaram que havia mesmo lá uma festa Erasmus, porque a cada passo que davamos tropeçávamos num português.

02 Outubro, 2009 - Neste dia, fomos comprar os bilhetes de comboio para Wroclaw para irmos para o 'Sensation' no dia seguinte às 8h da manhã.