quarta-feira, outubro 28, 2009

'Sensation - Wicked Wonderland' / Wroclaw

03 Outubro, 2009 - Estávamos nós de partida para Wroclaw, para um fim de semana que pensávamos que ia ser fantástico. Pois bem, nada disso aconteceu! A sorte continuou connosco (ahah!).
Nesta viagem fomos os cinco e antes de entrar no comboio, ainda tentámos confirmar qual das linhas era, mas mais uma vez quem nos atendeu nas bilheteiras não nos conseguiu falar em inglês. Mesmo à entrada do comboio estava o pica, e para não cair no mesmo erro da outra vez, perguntámos se tínhamos lugares marcados. Mais uma vez o inglês não foi suficiente, mas nada que não se perceba por gestos - ele simplesmente nos mandou entrar!
Começámos a viagem sozinhos numa cabine de 8 pessoas. E de onde a onde entravam sempre pessoas, mas reparámos que pouco tempo aguentavam por lá. O truque era falar em português, que as pessoas simplesmente se levantavam e saiam da cabine! Até que, imaginem só, o Luis fez mais um amigo, e esse sim, aguentou até ao final da viagem lá sentado. Este amigo do Luis era um tanto ou pouco estranho, tinha uma camisola escrita em Árabe, dizia que era professor e quando mostrou o cartão, era um simples cartão de estudante. Lá nos contou a vida toda dele de trás para a frente, falou tudo que havia para falar sobre a história da Polónia e vizinhos, resumindo, graças ao Luis, ninguém dormiu nesta viagem.
Depois de 3h de viagem de comboio, chegámos então à estação de Wroclaw e o amigo do Luís saiu connosco e tentou ajudar-nos a procurar o Hotel reservado pelo Luis. O amigo do Luis tinha um amigo à espera dele na estação, e eles lá nos ajudaram a ir até ao Hotel que ficava a 2min da estação. A única palavra que eles sabiam dizer em português era 'foda' (muitos filmes, diziam eles!). Nesses 2min que andámos, reparámos que aquela cidade nada tinha a haver com Poznan. Havia mendigos por todo lado, as pessoas não eram tão simpáticas, sei lá, era outro mundo.
Num instante encontrámos o Hotel, e rápido se fez o check-in e fomos à procura do quarto. Foi aí que começou a verdadeira aventura. Como não conseguímos encontrar o elevador, fomos pelas escadas. Subimos então 4 andares (à procura do 402) e quando abrimos as portas dos corredores foi um choque. Primeiro, estávamos ainda no 2º andar e segundo, o Hotel estava todo velho, todo cheio de remendos nas paredes, porque estava em obras. Pensámos, bem, secalhar o 4º andar está bom! Mais uma vez estávamos enganados. Aquilo de Hotel não tinha nada! Tivémos que atravessar o Hotel de uma ponta à outra para conseguirmos encontrar o quarto, ficava no último corredor. Até ao quarto tivémos que passar por inúmeras portas, desvios, obstáculos, eu sei lá. Entretanto chegámos ao quarto, e quem é que ainda vinha connosco? Os dois amigos novos do Luis (ahah). Fizeram questão de ir para dentro do quarto e tudo:



Entretanto lá prometemos enviar-lhes esta foto e eles desapareceram (até hoje ninguem enviou a foto!). Bem, o quarto não era muito mau, até que fomos à casa de banho. A casa de banho era mesmo o degredo, o autoclismo da sanita era de puxar um fiozinho acima da cabeça (à primeira utilização entupiu logo!),



...a torneira do lavatório saia fora, a banheira não tinha nenhuma cortina por causa da agua... Conhecido o quarto decidimos ir até ao sítio onde ia ser o 'Sensation'. Foi mais um filme para sair do Hotel. Enganámonos nas escadas, fomos ter à cave que cheirava mal como tudo e tinha uma porta de emergência por onde começámos a sair para um pátio exterior, e por sorte o Ruben ficou a segurar a porta, porque o pátio não tinha saída nem a porta ia abrir por fora. Lá voltámos tudo para trás e encontrámos as verdadeiras escadas. O Hotel tinha também uma particularidade além das escadas sem saída, 50% das portas abriamos e era parede do outro lado (ahah!).
Saímos então do Hotel e fomos até à paragem do eléctrico. O que é que nos acontece? Parámos num vermelho para peões na passadeira, assim num sítio mais manhoso, e de trás de um barraco saíram 4 sem abrigo em direcção ao Ruben que tinha a bolsa com o dinheiro e telemovel à mostra. Os 4 lá o cercaram, e ele disse que não falava polaco, só inglês, e 1 dos 4 começou a falar com ele em inglês a pedir-lhe dinheiro (parece impossível que ninguem fala inglês, mas os sem abrigo falam!). O Ruben disse que não tinha nada e o homem lá começou a cantar: 'You are a liar, i don't believe in Jesus, and i don't like you, i don't like you, i don't like you' (a verdadeira da serenata! haha). Depois de cantar, vira-se a apontar para os outros 3 que estavam com ele: 'is my friend, is my friend and is my friend'. Quando olhámos para ver melhor, um deles tinha uma daquelas protecções do pescoço e nem se mexia, os outros eram outras duas personagens e o que estava a falar tinha a cabeça rachada e com sangue. Isto tudo enquanto esteve vermelho para os peões. Entretanto ficou verde e passámos para o outro lado e eles nem se mexeram. Baptizámo-los de 'Piratas das Caraíbas' (ahah! eram parecidos!).
Estávamos então numa nova cidade e o problema mantinha-se: não temos bilhetes do eléctrico, nem do autocarro. Mas também nunca foi isso que nos impediu de andar, por isso lá fomos nós até ao sítio que queríamos.
Não se via nada de publicidade do 'Sensation' nem muita gente vestida de branco, e os que estavam normalmente eram grupos de gajos que o aspecto deixava algo a desejar.
Conhecido o sítio, voltámos para o Hotel (eu, Ruben e Smile) para descansarmos um bocado e o Luis e a Nicollini foram conhecer melhor a cidade. O tempo passou e lá nos tivémos que arranjar para irmos todos de branco:



Quando íamos a sair, lá nos lembrámos de fazer alguma coisa ao quarto - tirámos os colchões das camas e escondemos, e voltámos a pôr os lençois todos direitinhos. (mais tarde viémos a saber que eles se mandaram para cima da cama, e sentiram aquilo muito rijo e ainda partiram uma das ripas de madeira do estrado ahaha!)
Saímos do Hotel e fomos para o 'Sensation'. Ainda antes de entrarmos lá vimos uma ou outra rapariga que praticamente não levavam roupa, e nós logo a pensar, bem, isto vai ser um mundo! Guardámos as roupas e lá fomos nós para o recinto. O sítio onde foi o sensation era um lugar de ópera, e era um círculo ao meio, e a toda a volta havia tipo um corredor. Entrámos 1h antes das portas da pista principal abrir então fomos até a uma primeira porta - Red Tent. Aí começámonos a aperceber que alguma coisa estava errada. As raparigas, eram do mais oferecidas que já tinhamos visto, e os rapazes eram raros aqueles que podiamos dizer que eram magrinhos ou pequeninos, a maioria era tudo gajos que metiam respeito. O tempo passou e as portas abriram. Lá fomos nós até à bancada que por lá estava e sentámonos à espera que o espectáculo começasse. Continuavamos incrédulos! As raparigas pouca roupa ou nenhuma tinham, e os gajos que tavam com elas não eram 'meninos' nenhuns. Entre alguns assobios lá surgiu o famoso 'Welcome, to the Sensation'´(eram 22h, e até ás 6h,7h a música não parou).



Com o passar do tempo, fomonos apercebendo do que se passava à nossa volta, e juntámos as peças que faltavam para o 'puzzle' bater certo. Aquelas raparigas que mal se vestiam, não eram nada mais, nada menos que 'meninas da rua', e os gajos que andavam sempre atrás delas a controlar eram os 'chulos'. Por várias vezes vimos os 'chulos' mandarem as raparigas irem-se meter com outros rapazes com a intenção de lhes cravar o 'serviço' (dinheiro!). Naquele corredor que vos falei ao inicio, passava de tudo. Raparigas em soutien, em cuecas, mas sempre com os 'meninos' atrás a controlar tudo. Aquilo era do género, os 'chulos' andavam a passear os 'carros' que tinham, para ver se alguém queria simplesmente dar uma volta ou comprar. Numa noite em que o Red Bull foi a bebida da noite, o mais impressionante que vimos foi, uma das raparigas estar a posar para o fotografo, e chega lá o 'chulo' e tira-lhe o soutien e manda o fotografo tirar mais fotos. 80% das pessoas que estavam lá dentro do 'Sensation' eram 'meninas' ou 'chulos'.



4 Outubro, 2009 - Foram horas e horas lá dentro, até que depois do show de Sebastian Ingrosso decidimos ir embora, porque já eram 5.30h e já estávamos cansados. Apanhámos então um eléctrico e fomos até ao McDonald's que já estava aberto. Chegámos lá e pedimos umas tostas para comer, e quando reparamos já lá estavam dois a dormir. Decidimos então ficar por lá a dormir nas mesas do McDonald's também (ao menos estava quentinho!), porque nós não tinhamos reservado hotel. Adormecemos uns minutos e reparámos que a polícia já lá andava a mandar embora alguns mendigos que por lá estavam a dormir fora, então decidimos ir até ao Hotel do Luis e da Nicollini, e como tínhamos visto lá naqueles corredores que falei, uns sofázinhos, pensámos em ir para lá dormir. Chegámos ao Hotel, e o segurança estava a dormir num dos bancos da entrada, e nós entrámos surrateiros e lá fomos até ao 4º andar. Pelo caminho passámos por um homem todo engravatadinho com uma malinha pequena que ia com uma rapaz, nem ligámos, mas ele ficou todo colado em nós. Lá nos arranjamos para ficar nos sofás a dormir, e o homem da malinha voltou a aparecer, mas desta vez com um velho, e entraram os dois no quarto ao lado do da Nicollini e do Luis. Passado uns segundos o homem da gravata estava cá fora e o velho ficou lá dentro com a mala e ouviam-se vozes. O homem da gravata enquanto esteve cá fora não tirou os olhos de nós, e andava de um lado para o outro. Eu estava com vontade de ir ao WC e sabia que havia um no 2º andar porque tinha visto quando nos enganámos ao chegar. Lá fui eu à procura do WC, e para verem como era confuso aquele Hotel voltei a ir ter às escadas sem saída. Lá dei com a casa de banho e voltei para cima. Ao voltar para cima, muitas coisas estranhas aconteceram: ouviam-se gritos/gemidos na maioria dos quartos, vi várias 'meninas' a entrar nos quartos, os lençóis de alguns quartos estavam postos à porta, no corredor. Cheguei lá acima e eles disseram que viram 'meninas' a sair dos quartos, e entretanto saiu o velho e o homem da gravata com a malinha de novo. Os gemidos ouviam-se em todo o corredor. Enfim, o Luis tinhanos metido noutra encrenca! Aquilo não era Hotel nenhum, era uma casa de 'meninas'! Mal nos apercebemos fomos logo bater à porta do Luis e da Nicollini. Eles lá abriram passado algum tempo e não se acreditavam naquilo que lhes estavamos a contar. Lá pedimos para dormirmos ali um bocadinho, e lá ficámos até às 13h a dormir no chão do quarto.



Fomos acordados pela mulher do Hotel, a dizer que deviamos ter saído uma hora antes e que só tinhamos 1min para sairmos do quarto, e o Luis que estava a tomar banho, a ouvir isso, começou a cantar: 'Chamem a polícia, que eu não pago!' (ahah! o verdadeiro quarto de malucos!).
Passados alguns minutos lá fizémos o check-out e fomos até ao Shopping (mais um que conhecemos!) para matar a fome. Como já estávamos fartos daquela cidade, fomos 3h mais cedo para a estação para tentar ir num comboio mais cedo. Eram 16.15h quando fomos atendidos no centro de atendimento, e a senhora depois de muitas voltas que deu com os papeis nas mãos, lá nos disse que a única hipotese que tinhamos era de ter apanhado o das 16h, ou seja, lá tínhamos nós que esperar até ás 19h! Para onde fomos? Dormir para o McDonald's!
Entretanto as horas passaram, e entrámos no comboio. Viémos os 5 mais um rapaz na mesma cabine, mas todos a dormir até Poznan.



Depois de vermos tal miséria em Wroclaw, foi a primeira vez que sentimos saudades de Poznan, e da residência (ahah!).

Já na residência, fomos até à net ver os comentários que havia daquele Hotel (como sempre, o que devíamos ter feito antes, fizémos só depois!). Os comentários diziam tudo e mais alguma coisa de mau daquele Hotel (Hotel Polónia), muitos até se queixavam de terem sido roubados lá dentro (até que nem tivémos muito azar então! haha).
Foi assim o nosso fim de semana em Wroclaw!
Coincidência ou não, tirámos esta foto quando chegámos ao Hotel. Tínhamos esta 'mensagem' mesmo em frente à janela. Na minha opinião, era um recado para o Luis (ahah!).

quarta-feira, outubro 21, 2009

Os primeiros dias em Poznan

24 Setembro, 2009 - Depois da primeira noite na residência, acordávamos e tínhamos esta magnífica paisagem:



(Isto significa barulho logo pela manhã como sabem!)
Saímos então da residência e fomos até à nossa Universidade. Fomos lá com o objectivo de falar com a Mrs. Malgorzata, que é a coordenadora dos estudantes de erasmus da Universidade (Akademia Wychowania Fizycznego ou AWF). Chegou então a nossa vez e entrámos no gabinete. Quando nos viu lá, Mrs. Malgorzata ficou admirada e em poucas palavras nos despachou até ao dia 6 de Outubro: 'I only want see you in 6th of October, in our meeting' (não nos podia ter dado melhor notícia!). Perguntou-nos qual dos tutores nos tinha ido buscar à estação. Bingo! Nenhum. Porquê? Porque era preciso tê-los avisado (daí a admiração dela). Lá conseguiu contactar um dos tutores (Karol) e dizer para ele se encontrar connosco na residência (por volta das 16h).
Depois de termos sido corridos dali voltámos para a nossa residência. Foi a primeira vez que a vimos por fora, de dia. Mais uma vez, sentimos que a sorte estava do nosso lado, ora vejam:



(De entre as três residências que tem aqui à volta, a nossa era só a pior!)
Eram 17.15h (a tal pontualidade que eles tanto dizem ter!) quando um rapaz bate à nossa porta (e nós a dormir!). Ficámos sem saber quem era, porque para nós Karol era uma rapariga. Sorte: é um rapaz! Começou por nos perguntar se queriamos net, entratanto surgiu o problema dos quartos. Nós queriamos ficar juntos, como na mesma porta havia um quarto de 2, e um de 3, a nossa intenção era ficarmos com essa porta ou 'apartamento' só para nós e ele disse que ia ver o que podia fazer por nós.
Depois de jantarmos no shopping voltámos para a residência. Pelo caminho passámos por isto:



Um metro que mais parecia o transporte do lar da 3ª idade, mas onde toda gente ia a 'curtir milhões'.
Logo nessa noite fomos à descoberta da verdadeira 'Noite' de Poznan. Depois de passarmos por mil e um bares, decidimos entrar num: o Czekolada! É claro, que como sortudos que estávamos, sabem o que aconteceu, certo? Fomos barrados! (ahah) Aparentemente faltávamos classe! (Não podiamos desistir, tinha sido só o primeiro que tínhamos tentado, haha!). Ainda a dizer mal da nossa sorte, passámos pelo CubaLibre, que era um bar que já tínhamos ouvido falar. Bem, desta vez, conseguimos! Entrámos! (ahah). Pelos dias acertámos mesmo no dia certo para lá ir ouvir boa música, só passava música polaca (nhac!) e de vez em quando uma latina. Para vos resumir a primeira impressão que tivémos foi: 'Mas que é isto?'. Respirar era quase impossível com o bafo que por lá estava, andar outra missão impossível, dançar só com os olhos... Ao fim de algum tempo a observarmos reparávamos que quem chegava primeiro, tinha a quem se agarrar (se é que me faço entender), tal era a oferta. E, visto que a noite aqui começa às 20h ou 21h, e termina às 2h, para nós também terminou bem cedo.
Voltámos para a residência, e foi mais uma noite nas condições da noite anterior.

25 Setembro, 2009 - Somos acordados pelo Karol, a dizer que tinha novidades em relação aos quartos. A troca ia ser possível, dependendo de outras inúmeras trocas de quartos. Nada feito! Quem podia trocar, não quis, e nós íamos voltar à mesma situação. Até que decidimos falar com os turcos (que não eram do agrado de muita gente) e como só estava um deles, ele disse que tinha que falar com o outro e que depois nos dizia alguma coisa. A resposta foi afirmativa, eles que estavam no 712, iam para o 610, a Nicollini e o Luís para o 712, eu, Ruben e Smile para o 711, só que nos pediram para não trocarmos naquele dia porque ainda tinham que arrumar as coisas. Conclusão, dormimos então no 610 de novo.

26 Setembro, 2009 - Enquanto esperávamos pela hora combinada fomos conhecer um pouco do centro, a praça principal: Stary Rynek. Quando chegámos à residência já andava a Nicollini a limpar (e o Luis, como sempre, a ver!). Nós, começámos também o processo de limpeza do quarto (que já não devia saber o que era uma limpeza hà uns bons meses atrás).




(Antes e depois!)
Como podem ver, do antes, para o depois, além de se notar a diferença na limpeza, apareceu ali uma cama. Pois, aquela cama, que o outro português levou para o outro quarto, era deste. Solução: ir ao 804 (quarto da Nicollini) buscar a cama dela. Tal e qual o serviço 'Moviflor':



(Isto tudo porque, para todos os efeitos a organização dos quartos era: 804 - Nicollini e uma francesa; 712 - Eu e Smile; 711 - Luis, Ruben e o outro portugues. Mas estava assim: 804 - só a francesa; 712 - Nicollini e Luis; 711 - Eu, Smile, Ruben; e o outro portugues no 710 com os outros. Só esquemas!)
Depois de tanta confusão de trocas e baldrocas, fomos de sair de novo à noite. O Ruben estava com alguns problemas sempre que ia ao multibanco, o cartão nunca era aceite. Nessa noite, e para confirmar que a sorte está sempre presente a qualquer hora da noite, eram 1.45h quando o Ruben tentou ir levantar dinheiro. Bingo! A máquina sem mais nem menos ficou-lhe com o cartão. Ora bem, para não bastar o cartão ter ficado na máquina, o menu de aviso, ou possivel aviso, estava em polaco (como é obvio percebemos tudo!). Sendo um Sábado à noite, nem no dia seguinte o podíamos ir buscar, e ele por lá ficou.

28 Setembro, 2009 - O Domingo passou-se sem grandes alaridos, e na Segunda demanha fomos logo ao banco onde o cartão tinha ficado na máquina. Lá nos explicámos e o cartão foi devolvido (até hoje, ele continua sem conseguir levantar um único zloty).
Do banco fomos até ao posto de turismo, onde conhecemos um verdadeiro poliglota. Lá nos falou em português como se nada fosse. Disse-nos que o símbolo da cidade eram as cabras (não aquelas que custumávamos ver à noite, não!) e que todos os dias ao meio-dia, elas apareciam na praça, como uma tradição.
Decidimos então procurar um sítio onde comprar os bilhetes para o 'Sensation - Wicked Wonderland' que ia ser em Wroclaw. Lá encontrámos o sítio para comprar, e à saída deparamo-nos com isto:



(pelos vistos, não somos só nós que andamos com sorte! Ainda oferecemos ajuda, mas o homenzinho não quis.)
Estávamos à 5 dias em Poznan, e quantos monumentos conheciamos? Zero. E shopping's? Dois! (ahah).

30 Setembro, 2009 - Lembram-se do símbolo da cidade? As cabras? Pois bem, decidimos ir vê-las! Levantámonos demanha cedo, eu, Smile e Ruben, e lá fomos até à Stary Rynek para ver as famosas cabritas. Eram 11.50h e nós já às voltas na praça à procura das cabras. Esperámos então pelo meio-dia em ponto. Ao meio dia, começamos a ouvir uma corneta, e pensámos: 'Bem, é agora que vêm aí as cabras. De que lado virão?'. A corneta continuava e nem sinal de cabras. Até que reparámos que estava muita gente a olhar para a varanda de um edíficio (que mais tarde viemos a saber que era a Câmara Municipal). Fomos em direcção à multidão para vermos o que se passava. Quem é que acham que surgiu? As cabras? Naaa, a nossa sorte. Não é que chegámos ao sítio onde estava toda gente a olhar para cima, e de um momento para o outro a corneta calou-se e toda gente deixou de olhar para a varanda e começou a dispersar? Resumindo: as cabras pelos vistos, são tipo um 'cucu' mecânico que aparece na varanda a dar as doze horas, e nós, à espera que elas fossem 'desfilar' à nossa frente (ahah! o que é certo, é que até hoje, ainda nao vimos cabras nenhumas, nem a 'desfilar' com o pastor, nem a sair da varanda).
Como nos tínhamos levantado cedo, estávamos cheios de fome àquela hora. Decidimos então ir até ao Stary Browar (um dos shoppings) comer qualquer coisa. Visto que não havia McDonalds, fomos à PizzaHut (tudo muito saudável portanto). Lá escolhemos os três esparguete à bolonhesa, e quando o empregado nos perguntou: 'small or big?', nós optámos todos pelo 'small' com medo que o 'big' fosse demasiado 'big'. Depois de algum tempo de espera, lá vinha o garçon com três pratões enormes. Logo cedo aquela euforia dos pratos grandes passou. O prato até era grande, mas o caganito de esparguete que trazia é que não ia com nada (dava quase para pôr dentro de um pão e fazer uma sande! haha). O que é certo é que aquilo voou num instante. Quando o empregado nos trouxe a conta vimos que ele tinha escrito em português: 'Muito Obrigado', e só por isso, levou uma gorjeta (crise? ahah).
Bem, tínhamos agora algum tempo disponível, que é que decidimos ir fazer? Vamos ao 'Factory' (mais um shopping que íamos conhecer ao fim de 7 dias). Andámos perto de 40 minutos a pé até lá chegar, já depois de termos andado 10 de metro. Fomos lá comprar a roupa para o 'Sensation'. Nem imagino o que é que pensaram de nós, três gajos a comprar três pares de calças todas brancas é um bocado estranho. Para virmos embora sem grande esforço, ainda tentámos o velho truque de esticar o dedo na beira da estrada, mas estavamos destinados ao fracasso e a caminhar mais 40 minutos.
Este dia foi mais uma das noites em que saímos os cinco. Começámos por ir ao 'Fever':



Fomos ao BuddhaBar:



Foi neste que conhecemos um grupo que por lá andava, também meio perdido. A única coisa que quero realçar é que o Luís fez um amigo para a vida: Jacek (o rapaz não pára de mandar mensagens ao Luís a dizer que se quer encontrar com ele. Nem mesmo com o Luís a dizer que namorava ele parou de tentar o encontro, daí ao Luís ter ficado em casa umas noites ahah). Nesse bar, o Luís ganhou um amigo, e nós ganhámos um quadro (que está agora a decorar as nossas paredes do quarto ahah). O Jacek lá nos levou para outro bar (Slodownia), mas avisou logo de inicio que aquele bar para onde nos estava a levar não tinha raparigas (um pouco estranho, pareceu-me!).
Já no fim da noite, pela primeira vez, o 'Homem-da-Bicicleta' meteu-se connosco (como podem ver!):



01 Outubro, 2009 - Organizámos o primeiro jantar no nosso 'apartamento' e convidámos outras duas portuguesas (a Carla e a Bruna). O que é certo, é que no final do jantar, pelo segundo dia consecutivo, o Luís tinha arranjado um amigo, que ninguém sabe de onde apareceu, quem era, o que é que queria, mas ele estava ali no nosso quarto, como se nada fosse:



Depois do jantar fomos então todos até ao Colloquium onde ia haver uma (suposta) festa de Erasmus. Pois, parece que só os portugueses é que se acreditaram que havia mesmo lá uma festa Erasmus, porque a cada passo que davamos tropeçávamos num português.

02 Outubro, 2009 - Neste dia, fomos comprar os bilhetes de comboio para Wroclaw para irmos para o 'Sensation' no dia seguinte às 8h da manhã.

segunda-feira, outubro 19, 2009

A chegada ao dormitório

Estávamos agora à porta da estação de comboios de Poznan, e na mesma situação que em Berlim: só sabiamos que tínhamos que ir para o dormitório. Não tínhamos morada, não sabiamos se era longe ou perto, resumindo, mais uma vez, não sabiamos nada. Eu e o Luís decidimos então ir falar com um motorista de um autocarro que estava por lá parado: - 'Hi, you speak english?'. A resposta foi simples, abanou com a cabeça a dizer que não. Mas como não viamos muito mais gente por ali, insistimos: - 'You know where is the dormitory of AWF?'. O homem todo atrapalhado arranjou um papelinho e escreveu o número '6'... e apontou para uma estrada que por ali passava. Bem, agradecemos a informação e voltámos para a beira dos outros. Continuávamos na mesma, aquele '6', podia ser muita coisa: 6 minutos, 6 km...! Pensámos então em ir falar com o taxista que tinha o maior carro que lá estava (para ver se dava para irmos todos juntos). À conversa com esse taxista, ele logo nos disse que tínhamos que ir em dois carros separados e, também, foi aí que percebemos que se falassemos em português alguns percebiam melhor do que se fosse em inglês. Entretanto chegou outro taxi para nos levar, e os dois taxistas lá conversaram para ver se sabiam para onde queriamos ir. Fui eu, o Smile e o Ruben num, a Nicollini e o Luís no outro. O que é certo é que desde logo reparámos que o trânsito era do género: 'salve-se quem puder'.
Passado muito pouco tempo entrámos num tipo de urbanização com três grandes prédios. Era ali a nossa futura 'casa'. Mais uma vez, e como não podia deixar de ser, fomos 'chulados'. Num dos taxis cobraram 17 Zlotys (a moeda de cá - 1€ = 4zl) e no outro 25zl (só mais uma gorjeta). Mal receberam o dinheiro, arrancaram logo, e nós sem saber se realmente era ali que íamos ficar. Foi então que eu e o Ruben fomos até à recepção. A primeira imagem (mais uma vez) foi espectacular! Entramos e perguntei ao segurança: 'Sorry, you speak english?'. A única resposta que recebi foi uma risota de gozo. Limitei-me a olhar para o Ruben. Voltei a tentar: 'Is here the dormitory of AWF?'. Mais uma vez, o segurança olhou para mim, virou a cara e começou a falar com uma empregada que lá estava. O Ruben já sem paciência, abriu a porta e entrou para a residência, e aí o segurança veio logo aos berros atrás dele. Para nossa sorte, passou um estudante que falava polaco e inglês e pedimos-lhe ajuda. Ele lá explicou ao segurança a nossa situação. Tivemos que dar o nosso BI para ele confirmar e deu-nos logo as chaves. Fomos buscar as malas, e começámos a subir. Eu e o Smile tínhamos a chave do quarto nº 610, o Luís e o Ruben o nº 711 e a Nicollini o nº 804. O Luís e o Ruben foram os primeiros a subir. Pelos vistos assustaram-se mal saíram do elevador. Aquele corredor assemelhava-se um pouco ao de uma prisão. A única porta aberta, era a do quarto deles. Quando eles vão a entrar, aquela porta era só o primeiro acesso ao quarto, porque a cada dois quartos, havia uma porta que dava para o corredor e uma casa de banho. Para melhorar a situação, à primeira vista, tinham uns óptimos vizinhos: dois turcos (um deles cheio de tatuagens), a beber vodka, música aos altos berros e muito fumo. Quando entraram no quarto ainda pior ficaram. O quarto estava todo sujo, cheio de pó, tinha duas camas partidas, estava que era um nojo. O quarto era para três e ja lá estava um português. Ele ao ver que tinha chegado gente ao quarto foi logo falar com eles, porque ele estava numa porta ao lado com outros 5 portugueses. A primeira coisa que ele fez foi dizer que os turcos eram o piorio. Pousaram as malas e foram para o meu quarto. Assim como o Ruben e o Luis, eu e o Smile não tivemos grande impressão do corredor. Vamos então a entrar no nosso quarto e apareceram duas espanholas e dois espanhois a apresentarem-se e a perguntar se queríamos ir para a noite com eles (o mais esquisito disto tudo, é o facto de eles falarem para nós em espanhol e nós entendemos perfeitamente, mas nós para eles, temos que falar em inglês). Também nos apresentámos e seguimos para o nosso quarto. Bem, a mim, só me deu vontade de ir apanhar outra vez o taxi para trás. O quarto era minúsculo e não tinha grandes condições (logo reparámos que não usavam estores aqui)! Pouco ou nada dissemos, só olhávamos! Entretanto o Ruben e o Luis chegaram, e via-se que aquele sorriso que todos trazíamos já não existia. A Nicollini também foi ao quarto dela pousar as malas (partilhava o quarto com uma francesa). Nem sítio tinha para pôr nada, a francesa tinha feito questão de ocupar tudo. Desceu para o nosso quarto também. Já estávamos todos reunidos no 610 e já só pensávamos em ir procurar uma casa para irmos morar (e ainda nem 5 minutos tínhamos lá estado). O quarto estava assim:



Não ia adiantar muito ficar por ali, decidimos então ir comer. Os portugueses lá nos indicaram um bom sítio para ir comer àquelas horas e lá fomos nós. Chegámos lá e o menu parecia chinês, as únicas palavras que ainda se percebiam era 'hamburguer' e 'hot-dog'. Cada um comeu o seu hamburguer e fomos à descoberta da universidade (quase às 22h da noite). Imaginem o que aconteceu ao fim de quase 30 minutos a andar? Estávamos perdidos e nem rasto da universidade. Foi então que decidimos voltar para o dormitório. Continuávamos à toa, sem saber para onde ir. Passado algum tempo e depois de entrarmos em tudo que era ruelas, encontrámos a residência. Subimos para os quartos todos juntos e decidimos que ficavamos eu, o Smile e o Ruben no nosso (610) e o Luis e a Nicollini iam para o quarto ao lado dos turcos (711), porque entretanto o outro português que lá estava já tinha tirado delá uma das camas e tinha ido para um dos quartos dos outros portugueses. Juntámos as duas camas no nosso quarto e dormimos os três no 610.
Ao outro dia acordámos e era este o cenário:



Nós conseguimos ter uma noite tranquila, enquanto que o Luis e a Nicollini tiveram que levar com os gritos de alguém que estave durante a noite no quarto dos turcos (ahah).

sábado, outubro 17, 2009

De Ostbahnhof (Berlim) para Poznan



23 Setembro, 2009 - Estávamos acabadinhos de chegar e cheios de fome. O que é que nos aparece à frente? McDonald's, claro! Entrámos e sentámonos a comer por lá para enganar a fome. Entretanto, já tinhamos comido e a Nicollini quis ir ao WC. Foi a primeira de muitas vezes que lhe pediram dinheiro para ir à casa de banho. Entretanto ela lá foi ao WC e apareceram duas raparigas que se meteram com ela. Pelo que ela contou, elas já não estavam muito cientes e tinham muito mau aspecto. Até que elas apareceram e reparámos que elas não estavam mesmo muito bem, o que nos deu logo uma bela imagem daquela estação.
Já com a barriga cheia, decidimos ir até à bilheteira. Lá chegou a nossa vez e ao fim de duas ou três tentativas, a empregada lá nos entendeu. Ela fez-nos duas propostas: 1º pagávamos 4 bilhetes + 1 (que ficava mais caro); 2º pagávamos 6 bilhetes + uma reserva de cabine de 6 pessoas (e ficava mais barato). Peço que se lembrem desta reserva para mais tarde (reserva de uma cabine para 6: 24€). Já com os bilhetes na mão, faltavam 2 horas para o comboio. Fomos então para a Gare 3, que foi a que nos tinham dito que era onde apanhávamos o comboio. Lá, arranjámos um banco e por lá ficámos a descansar. Entretanto, eu e o Smile fomos ao WC, e mais uma aventura. Para não termos que pagar nas casas de banho públicas, fomos até ao WC do McDonald's. O único problema (ou não), é que a porta dos homens estava fechada, e só abria com um código (claro que não faziamos ideia), mas a porta das mulheres estava aberta. Claro que fomos lá! Estamos nós a sair do WC, e duas mulheres a entrar. Espantadas por estarmos ali, as mulheres voltaram para trás para verem o símbolo na porta, para verificar que não se tinham enganado na porta. É claro que nós é que estávamos mal, e elas a rirem-se de nós. Depois de mais uma aventura no WC, voltámos para o banco da Gare 3. O tempo foi passando, e já estávamos na hora do comboio. E sabem o melhor? Começaram a chegar comboios atrás de coimboios na nossa linha, ou seja, estavamos perdidinhos que não sabiamos qual é que era o nosso. Passou um, passaram dois... três... e nós a olhar-mos uns para os outros sem saber em qual entrar. Quando vamos a reparar nas horas, já tinha passo a hora do comboio! E no último comboio o maquinista ficou a olhar para nós, e nós em tom de brincadeira, acenámos a dizer 'adeus' e ele a rir-se (já suspeitávamos que tinhamos dito adeus ao nosso comboio!). Já preocupados com a situação, eu e o Luís fomos até à bilheteira que ficava na cave. Fomos logo directos à empregada que nos tinha vendido o bilhete e ela dissenos para não nos preocuparmos porque o nosso comboio estava atrasado 25 minutos. Ficámos logo mais descansados, até que ouvimos alguém a gritar o nosso nome, era a Nicollini. O nosso comboio já tinha chegado. Enquanto corriamos para o apanhar, o Ruben foi falando com o 'pica' para ele não mandar arrancar o comboio. Já a ficar sem paciência o homem começou a mandar vir que nem um maluco e nós a entrar à pressa. Sabem que mais ? O comboio além de não estar 25 minutos atrasado, não veio na Gare 3, mas sim na 4 (a nossa sorte continuava 'onfire'!). O 'pica' entrou na mesma carruagem que nós, mas como tínhamos feito a reserva, mostrei o nº da carruagem e ele disse para irmos andando e procurar na porta o nº. Assim fizémos. Atravessámos mais de metade do comboio com as malas às costas, fartinhos de passar por 'cabines' vazias, mas fomos à procura do nº da nossa carruagem e da nossa cabine que tinhamos reservado. Enfim, chegámos, depois de termos atropelado metade do comboio com as nossas malas. Querem saber da nossa sorte? A nossa carruagem (nº 167), era a última. Querem saber ainda mais àcerca da nossa sorte? Não havia uma única cabine naquela carruagem (ou seja, mais uma gorjeta de mais 24€ da reserva)! Aquela carruagem era tal e qual os nossos antigos comboios em Portugal (e nós fartinhos de passar por cabines vazias). Continuando com a nossa sorte: dos nossos 6 lugares, 3 deles estavam ocupados. Enfim, lá nos dividimos cada um em dois bancos! O mesmo será dizer que foi cada um dormir para seu lado (ahah).






Finalmente chegámos a Poznan! Desta vez a reporter de imagem foi a Nicollini, a registar os primeiros momentos na Polónia. Depois de sair de Portugal por volta das 6.45h, chegámos já de noite a Poznan. Foi um dia inteiro na viagem, mas tudo correu bem. Antes de sair da estação, tempo ainda para tirarmos uma fotografia:



(A viagem estava no fim e agora era tempo de outras aventuras.)

Partida de Portugal



Boas, para começar com este blog escolhi esta fotografia, que foi tirada ainda antes de entrarmos no avião com destino a Frankfurt. Foi aqui que começou a nossa longa viagem. Após termos deixado 'para trás' a família e os amigos, tínhamo-nos agora uns aos outros dali para a frente. Para quem não conhece, passo às apresentações: Nuno Coelho - eu - (à esquerda, de verde); Pedro Moutela (ao centro, de branco); Ruben Afonso (à direita, às riscas); Luis Vaz (em cima, de branco); Nicollini Chaves (em baixo, de preto); Somos os 5 estudantes na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, na licenciatura de Educação Física e Desporto Escolar e actualmente frequentamos o 3º ano.
O nosso processo contudo não foi facil. Ao início nem eu estava com ideias em ir de Erasmus e os namorados (Luis e Nicollini) pensavam em ir sozinhos. Depois que aceitei o desafio, juntamente com o Smile e o Ruben, a nossa 1ª escolha foi Hungria, enquanto que o Luis e a Nicollini pretendiam ir para a Grécia. Nada disto aconteceu! Com um erro informático à mistura, fomos colocados em Poznan (Polónia) a nossa 2ª opção, enquanto que o Luis e a Nicollini estavam para Wroclaw (Polónia). Após algumas conversações com o coordenador de Erasmus, eles conseguiram ser colocados em Poznan também.
Depois de todos os emails e todos os documentos tratados (pois faltava sempre alguma coisa) o dia da viagem chegou! Aposto que para qualquer um de nós, o dia 23 de Setembro de 2009 vai ser sempre recordado como o dia em que saímos de Portugal com o objectivo de ir estudar para outra Universidade fora do país. É claro que não foi o objectivo de ir estudar que nos criou interesse, mas isso são outros assuntos que mais tarde vocês vão ver!

23 Setembro, 2009 - Visto que o voo foi ás 6.45h e como tinhamos que estar no aeroporto por volta das 5h, optámos por não dormir nessa noite. Por volta das 5h já estávamos todos no aeroporto e prontos a ir para o check-in, e assim foi. Começámos logo com o pé direito, numa viagem em que a mala do porão tinha peso máximo de 20Kg, a Nicollini tinha 27Kg, o Luís tinha 25Kg, eu com 23Kg, o Smile tinha 20Kg e o Ruben com 17Kg. Começámos logo aí a pagar pesos extras (que mais tarde vamos chamar de 'gorjetas'). Ultrapassada essa fase do check-in, estávamos prontinhos a ir de malas aviadas para bem longe dali. De estranhar foi não ter acontecido nada no detector de metais, mas ainda bem! Faltava perto de 1h para o voo quando nos sentámos à beira da 'Gate' do nosso avião. Antes de entrarmos houve tempo para tirarmos esta foto de grupo (e claro para uma última ida ao WC!). Ao entrar no avião, a euforia era o 'prato principal' e o grupo estava criado!! Para mim e para o Smile, uma nova sensação, para os outros, mais uma viagem. Como se fosse um reporter, o Luis filmou o momento da descolagem (como sempre, a fazer figurinhas! haha). Íamos ali na companhia de meia dúzia de portugueses, e na maioria alemães. Este 1º voo que apanhámos teve como destino Frankfurt, e aí chegámos sãos e a salvo. Enquanto estávamos no aeroporto de Frankfurt, começámos a achar estranho estarmos num sítio que supostamente era o de entrada para o 2º voo (para Berlim) e não estar lá ninguem, nem o avião (é que se fosse uma coisa pequenina de ser ver, mas não!). Um bocado atrapalhados com aquilo eu e o Ruben tentámos ir perceber o que estava a acontecer, o mesmo será dizer, tentámos ir perceber se conseguiamos decifrar alguma palavrinha em Alemão: missão falhada! (haha) Tivemos que, pela primeira vez, pôr o nosso inglês em prática com uma menina da Lufthansa que estava num balcão: missão cumprida, a porta do nosso voo estava trocada! (haha, por pouco não ficámos logo ali a pé!). Segunda descolagem (mas desta vez sem paparazzi's). Sobre esta 2ª viagem ? Ui! Foi feita num abrir e fechar de olhos, mas sei que o meu sono foi interrompido pela turbulência, o mesmo não acontecendo com o Smile que nem sequer sentiu nada. Para terminar em beleza, porque não uma aterragem assim mais brusca? Dito e feito! Mais um bocado e tinhamos mandado com a cabeça nos joelhos. Ora bem, estávamos já no aeroporto de Berlim e nada tinha acontecido às nossas malas. Acabadinhos de chegar, a pergunta foi: 'E agora?'. A única coisa que sabíamos era que tinhamos que apanhar um comboio que nos ia levar até Poznan, ou seja, mais uma tarefa complicada pela frente. À nossa volta, era só o aeroporto e taxis, e nós sem uma morada, sem um simples nome da estação, sem nada, caídos de pára-quedas completamente. A juntar a essa confusão toda, tínhamos o facto e sermos 5, o que nos impossibilitava de andar num taxi normal. Assim que vimos uma carrinha e 9 lugares Taxi, corremos para ver se nos podia ajudar. O taxista desde logo disse que não havia problema nenhum e que nos levava até à 'Main Station', o que é certo é que ele nos levou a dar uma grande volta por Berlim, contou a história de tudo por onde passamos, conhecia alguns clubes de Portugal e foi bem porreiraço. Chegámos à tal estação de comboios, e dava cerca de 5€ e qq coisa a cada um (deixámos mais uma gorjeta - {ainda dizem que estamos em crise!}). A última coisa que pedimos ao Jochen (taxista) foi que nos tirasse uma foto:



(Por hoje fico por aqui, mas amanha espero voltar já com o resto da nossa aventura)