Passado muito pouco tempo entrámos num tipo de urbanização com três grandes prédios. Era ali a nossa futura 'casa'. Mais uma vez, e como não podia deixar de ser, fomos 'chulados'. Num dos taxis cobraram 17 Zlotys (a moeda de cá - 1€ = 4zl) e no outro 25zl (só mais uma gorjeta). Mal receberam o dinheiro, arrancaram logo, e nós sem saber se realmente era ali que íamos ficar. Foi então que eu e o Ruben fomos até à recepção. A primeira imagem (mais uma vez) foi espectacular! Entramos e perguntei ao segurança: 'Sorry, you speak english?'. A única resposta que recebi foi uma risota de gozo. Limitei-me a olhar para o Ruben. Voltei a tentar: 'Is here the dormitory of AWF?'. Mais uma vez, o segurança olhou para mim, virou a cara e começou a falar com uma empregada que lá estava. O Ruben já sem paciência, abriu a porta e entrou para a residência, e aí o segurança veio logo aos berros atrás dele. Para nossa sorte, passou um estudante que falava polaco e inglês e pedimos-lhe ajuda. Ele lá explicou ao segurança a nossa situação. Tivemos que dar o nosso BI para ele confirmar e deu-nos logo as chaves. Fomos buscar as malas, e começámos a subir. Eu e o Smile tínhamos a chave do quarto nº 610, o Luís e o Ruben o nº 711 e a Nicollini o nº 804. O Luís e o Ruben foram os primeiros a subir. Pelos vistos assustaram-se mal saíram do elevador. Aquele corredor assemelhava-se um pouco ao de uma prisão. A única porta aberta, era a do quarto deles. Quando eles vão a entrar, aquela porta era só o primeiro acesso ao quarto, porque a cada dois quartos, havia uma porta que dava para o corredor e uma casa de banho. Para melhorar a situação, à primeira vista, tinham uns óptimos vizinhos: dois turcos (um deles cheio de tatuagens), a beber vodka, música aos altos berros e muito fumo. Quando entraram no quarto ainda pior ficaram. O quarto estava todo sujo, cheio de pó, tinha duas camas partidas, estava que era um nojo. O quarto era para três e ja lá estava um português. Ele ao ver que tinha chegado gente ao quarto foi logo falar com eles, porque ele estava numa porta ao lado com outros 5 portugueses. A primeira coisa que ele fez foi dizer que os turcos eram o piorio. Pousaram as malas e foram para o meu quarto. Assim como o Ruben e o Luis, eu e o Smile não tivemos grande impressão do corredor. Vamos então a entrar no nosso quarto e apareceram duas espanholas e dois espanhois a apresentarem-se e a perguntar se queríamos ir para a noite com eles (o mais esquisito disto tudo, é o facto de eles falarem para nós em espanhol e nós entendemos perfeitamente, mas nós para eles, temos que falar em inglês). Também nos apresentámos e seguimos para o nosso quarto. Bem, a mim, só me deu vontade de ir apanhar outra vez o taxi para trás. O quarto era minúsculo e não tinha grandes condições (logo reparámos que não usavam estores aqui)! Pouco ou nada dissemos, só olhávamos! Entretanto o Ruben e o Luis chegaram, e via-se que aquele sorriso que todos trazíamos já não existia. A Nicollini também foi ao quarto dela pousar as malas (partilhava o quarto com uma francesa). Nem sítio tinha para pôr nada, a francesa tinha feito questão de ocupar tudo. Desceu para o nosso quarto também. Já estávamos todos reunidos no 610 e já só pensávamos em ir procurar uma casa para irmos morar (e ainda nem 5 minutos tínhamos lá estado). O quarto estava assim:
Não ia adiantar muito ficar por ali, decidimos então ir comer. Os portugueses lá nos indicaram um bom sítio para ir comer àquelas horas e lá fomos nós. Chegámos lá e o menu parecia chinês, as únicas palavras que ainda se percebiam era 'hamburguer' e 'hot-dog'. Cada um comeu o seu hamburguer e fomos à descoberta da universidade (quase às 22h da noite). Imaginem o que aconteceu ao fim de quase 30 minutos a andar? Estávamos perdidos e nem rasto da universidade. Foi então que decidimos voltar para o dormitório. Continuávamos à toa, sem saber para onde ir. Passado algum tempo e depois de entrarmos em tudo que era ruelas, encontrámos a residência. Subimos para os quartos todos juntos e decidimos que ficavamos eu, o Smile e o Ruben no nosso (610) e o Luis e a Nicollini iam para o quarto ao lado dos turcos (711), porque entretanto o outro português que lá estava já tinha tirado delá uma das camas e tinha ido para um dos quartos dos outros portugueses. Juntámos as duas camas no nosso quarto e dormimos os três no 610.
Ao outro dia acordámos e era este o cenário:
Nós conseguimos ter uma noite tranquila, enquanto que o Luis e a Nicollini tiveram que levar com os gritos de alguém que estave durante a noite no quarto dos turcos (ahah).
Sem comentários:
Enviar um comentário